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Avaliação cardiológica em atletas
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Avaliação cardiológica em atletas 

O exame cardiológico antes da participação de um atleta em competições tem como objetivo detectar possíveis anormalidades cardíacas, silenciosas ou não, que podem levar ao afastamento temporário ou definitivo do esporte e, em alguns casos, até a morte súbita durante uma atividade competitiva. A avaliação cardiológica em atletas deverá incluir o exame clínico e a realização de alguns exames complementares indispensáveis.

Exame clínico

– História clínica:

A presença de sintomas como falta de ar, dor torácica, tonturas ou desmaios, deverão ser pesquisados. Os hábitos de vida do atleta como o tabagismo, etilismo, uso de medicamentos, substâncias ou drogas ilícitas (esteroides anabolizantes, anfetaminas, cocaína e seus derivados, entre outras), deverão ser informados ao medico consultor.

Informações sobre o histórico pessoal de fatores de risco do atleta  como alterações do colesterol, hipertensão arterial ou diabete melito deverão ser colhidas. A história familiar de doença cardiovascular prematura ou de morte súbita também é de grande relevância.

– Exame físico:

No exame físico, a presença de elevação da pressão arterial, sopros cardíacos ou alterações do ritmo cardíaco são achados que devem ser valorizados.

Exames complementares:

Uma grande instituição médica de São Paulo, com  mais de quatro mil exames cardiológicos, realizados desde o ano de 1975 em atletas (amadores e profissionais), segue o seguinte protocolo de exames complementares: eletrocardiografia em repouso, teste ergométrico (até a exaustão), ecocardiografia, radiografia do tórax e análises laboratoriais (hemograma, glicemia, perfil  lipídico, função renal e reações sorológicas para doença de Chagas).

O coração do atleta

Muitas das alterações encontradas nos exames de rotina e que podem ser confundidas com cardiopatias, são adaptações fisiológicas resultantes do treinamento intensivo e regular, compondo as características conhecidas como coração de atleta.

Cardiomegalia (aumento do tamanho cardíaco), distúrbios do ritmo e da condução elétrica do coração e, alterações da repolarização ventricular no eletrocardiograma, poderão ser encontrados. Esses critérios, que definem as alterações como as de corações não patológicos estruturalmente (sem doença), são: retorno aos padrões normais após suspensão temporária da atividade esportiva, normalização das modificações eletrocardiográficas durante o teste ergométrico, funções sistólica e diastólica (contração e relaxamento do coração) normais no ecocardiograma.

Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.

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