A motivação favorece a reflexão para a tomada de decisões, algo que também diz respeito aos comportamentos relacionados ao consumo de drogas.
Prochaska e DiClemente desenvolveram um modelo que descreve a prontidão para mudar como estágios de mudança pelos quais o indivíduo transita. Esse modelo baseia-se no fato de que toda a mudança de comportamento é um processo e que as pessoas têm diversos níveis de motivação, de prontidão para mudar. Os estágios de mudança quando os pacientes iniciam um tratamento para deixar de fumar são:
– Pré-contemplação:
Não há intenção de parar, nem mesmo uma crítica a respeito do conflito envolvendo o comportamento de fumar.
-Contemplação:
Há conscientização de que fumar é um problema, no entanto, há uma ambivalência quanto à perspectiva de mudança.
-Preparação:
Prepara-se para parar de fumar (quando o paciente aceita escolher uma estratégia para realizar a mudança de comportamento).
-Ação:
O indíviduo para de fumar (toma uma atitude que concretiza a mudança de comportamento).
-Manutenção:
O paciente deve aprender estratégias para prevenir a recaída e consolidar os ganhos obtidos durante a fase de ação. Neste estágio pode ocorrer a finalização do processo de mudança ou a recaída. A motivação é uma condição imprescindível para iniciar o tratamento contra o tabagismo e a sua ausência praticamente elimina as expectativas de abstinência.
O estilo do profissional que assiste o fumante também pode influenciar o seu grau de motivação , sendo valorizados a afetuosidade, a autenticidade, o respeito e a empatia.
Fonte:Jornal Brasileiro de Pneumologia(2008).
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