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Cigarros light: Verdades e mentiras 

Os cigarros com baixos teores de alcatrão, nicotina (substância que causa a dependência) e monóxido de carbono, chamados de cigarros light, tem sido propagados como sendo menos nocivos à saúde humana. Abaixo, relacionamos alguns fatos (verdade e mentiras) sobre os cigarros light.

– Algumas mudanças na fabricação dos cigarros podem ter contribuído para o desenvolvimento de marcas de baixos teores de alcatrão e nicotina,no entanto, a ventilação do filtro foi a principal inovação feita na construção destes cigarros.As mudanças dos elementos presentes no tabaco não é o fator mais relevante.

– O fenômeno de compensação do fumante é uma realidade. Várias pesquisas mostram que uma forma do fumante compensar a redução da emissão de nicotina devido a essa diluição é aumentar o volume da fumaça inalada. Assim, ao mudar de uma marca de teor regular para outra de baixo teor, o fumante passa imediatamente a compensar através de mudanças na forma de fumar, visando obter a quantidade de nicotina necessária para satisfazer a sua dependência.

– Os métodos para mensurar os teores de nicotina, alcatrão e monóxido de carbono (caracterizando os cigarros de baixos teores) são feitas por testes padronizados em máquinas de fumar, comumente referidos como método FTC, baseado no protocolo da Federal Trade Comission. O protocolo da máquina de fumar simula uma maneira precisa de fumar fixando o volume das tragadas, os intervalos entre as tragadas, a duração das tragadas e o comprimento da ponta de cigarro remanescente. No entanto, várias pesquisas, inclusive realizadas pela própria indústria do tabaco, mostram que o método FTC não reflete com estima com precisão a quantidade das substâncias tóxicas emitidas durante o ato de fumar.

– A sensação de “suavidade” provocada pelos cigarros de baixos teores é um fato real. Se o fumante de cigarros de baixo teor aumenta o volume das suas tragadas, ele receberá mais fumaça junto com mais ar. Essa tragada mais volumosa e mais diluída podendo causar uma sensação de maior suavidade para o fumante, quando comparada com uma tragada de volume menor e mais concentrado de fumaça de um cigarro não ventilado ou menos ventilado, embora ambos tendo emissões equivalentes de nicotina, alcatrão e monóxido de carbono.

– Uma das mais importantes revisões feitas pelo National Institute of Health dos Estados Unidos sobre os riscos associados com o consumo de cigarros de baixos teores de alcatrão e nicotina apresentou, dentre outras, duas grandes conclusões a respeito: “Estudos epidemiológicos e outras evidências científicas, incluindo o padrão de mortalidade por doenças causadas pelo tabagismo, não indicam benefícios para a saúde pública no que se refere as alterações no desenho ou manufatura de cigarros nos últimos 40 anos”.Esta constatação aplica-se os cigarros de baixos teores.A adoção disseminada dos cigarros de baixos teores nos Estados Unidos não evitou o continuado crescimento das taxas de câncer de pulmão entre fumantes mais antigos.

-Um dos aspectos mais graves dessa questão é que o marketing desses produtos os tem apresentado como uma alternativa à cessação de fumar. O uso desses tipos de descritores oferecem uma falsa garantia de proteção e podem ser percebidos como um produto menos prejudicial, e portanto uma alternativa para a cessação de fumar. As propagandas dos baixos teores têm sugerido que não há necessidade de se deixar de fumar se o fumante fumar da forma certa.

O National Institute of Health dos Estados Unidos em sua recente  análise sobre riscos associados com o consumo de cigarros de baixos teores de alcatrão e nicotina também concluiu que: “Os dados epidemiológicos existentes não dão suporte a recomendação para que os fumantes mudem de marcas de cigarros. A recomendação de que indivíduos que não conseguem deixar de fumar deveriam mudar para cigarros de baixos teores pode causar dano, ao levar o fumante a adiar seus sérios esforços para deixar de fumar.

Fonte:Ministério da Saúde(2009).  

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