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Dieta para pacientes diabéticos ou pré-diabéticos
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Dieta para pacientes diabéticos ou pré-diabéticos 

O diabete melito é uma disfunção crônica do metabolismo, caracterizada pela diminuição ou ausência da produção  da insulina, ou, mais comumente, por uma resistência à ação desse hormônio.

A insulina é o hormônio que permite que o açúcar (glicose) entre para o interior das células. No diabete melito, a insulina não atua a contento, fato que acarreta em uma elevação anormal dos níveis de açúcar no sangue (glicemia). Indivíduos que apresentam níveis elevados de glicemia, mas que não preenchem os critérios diagnósticos de diabete melito, são chamados de pré-diabéticos.

Diagnóstico de diabete melito: glicemia de jejum igual ou maior que 126 mg/dl em duas ocasiões ou um valor igual ou maior que 200 mg/dl na presença de sintomas (sede excessiva [polidipsia], aumento do número de micções [poliúria], perda de peso, entre outros) ou glicemia igual ou maior que 200 mg/dl após sobrecarga oral à glicose ou hemoglobina glicada (exame que avalia os níveis de glicemia nos últimos 3 meses) igual ou maior que 6,5%.

Diagnóstico de pré-diabete: glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/dl ou glicemia entre 140 e 199 mg/dl após sobrecarga oral à glicose ou hemoglobina glicada (exame que avalia os níveis de glicemia nos últimos 3 meses) entre 5,7% que 6,4%.

Dicas que  úteis para o controle de sua glicemia

– As refeições devem ser equilibradas contendo carboidratos (pães, massas e cereais,  preferencialmente integrais), proteínas (ovos, carne, leite e grãos), fibras (frutas, verduras, legumes) e uma quantidade pequena de gordura (devem ser monoinsaturadas e poliinsaturadas, como azeite de oliva para temperar pratos e saladas, azeite de canola ou girassol para cozinhar alimentos).

– Fracione as refeições em 5 a 6 vezes/dia (café da manhã, lanche, almoço, lanche, jantar, ceia), para evitar longos períodos de jejum e manter a taxa de glicemia o mais próximo dos níveis normais e para que os medicamentos (caso utilize) possam atuar de forma correta.

– Pessoas que usam insulina devem ajustar o horário e as quantidades de alimentos ao seu esquema de insulina.

– Evite comer grandes quantidades em uma só refeição.

– O açúcar, açúcar mascavo e mel devem ser substituídos por adoçantes artificiais. Mas em situação atípicas e esporádicas, se consumi-lo, faça com moderação e nunca de forma isolada.

– Prefira frutas como sobremesa, mas não se esqueça que as frutas também contêm açúcar (em forma de frutose), portanto não exagere, tenha um consumo de no máximo 4 porções de frutas distribuídas durante o dia. Você pode comer qualquer tipo de fruta desde que controle a quantidade e evite aquelas que já estejam em um nível máximo de maturação.

– Todas as refeições (principalmente o café da manhã, almoço e jantar) devem ser variadas e conter fibras, pois estas têm a finalidade de retardar o esvaziamento gástrico, proporcionando uma digestão mais lenta, retardando absorção de açúcares, além de ajudar na “eliminação” de parte do colesterol ingerido.

– Prefira alimentos que contêm maior quantidade de fibras: frutas (sempre que possível, com casca e bagaço), legumes e verduras, leguminosas e cereais integrais.

– Evite consumir alimentos ricos em gorduras como manteiga, gema de ovo, banha, toucinho, creme de leite, nata, carnes gordas, carne de porco, pele de frango e embutidos (salames, mortadela), achocolatados dietéticos, abacate, coco, frituras em geral (procure consumir alimentos assados, grelhados, cozidos ou refogados).

– Evite comida tipo fast food, pois além de muito calóricas, elas são ricas em açúcares e pobres em fibras.

– Produtos dietéticos elaborados com adoçantes artificiais podem ser consumidos, mas use-os com moderação, principalmente se também está cuidando de seu peso, pois mesmo não contendo açúcar, estes produtos, muitas vezes, contém substitutos que podem aumentar as calorias totais do produto. Leia sempre os rótulos para certificar-se que realmente não contêm açúcares. O termo “light” significa que o produto apresenta redução calórica de aproximadamente 25% em relação ao normal, e não que seja isento de açúcares. Por isso, cuidado!

– Beba bastante líquidos, no mínimo 1 litro por dia (água ou chá com adoçante).

– Evite bebidas alcoólicas (principalmente vinhos, licores, coquetéis.), pelo seu alto teor de açúcar, podendo afetar o controle da glicemia.

– Evite sucos de frutas naturais, de preferência ao consumo das frutas in natura, pois normalmente no preparo dos sucos se perde grande parte das fibras contidas nas frutas, além de proporcionarem um consumo de maiores quantidades de frutas de uma vez só, o que não é aconselhável para o controle glicêmico.

– Observe os horários das refeições. Atraso, esquecimento, impossibilidade de se alimentar nos intervalos das refeições ou até mesmo a ocorrência de vômitos ou um desgaste físico mais intenso pode levar a baixa do nível de açúcar no sangue (hipoglicemia).

– No caso de hipoglicemia, você pode elevar o nível de açúcar no sangue rapidamente servindo-se de: ½ copo de suco de fruta natural não diluído ou 1 copo de refrigerante versão normal; ou qualquer tipo de doce como bala de goma, bombom, chocolate, mel ou melado pois estes produtos possuem açúcares de rápida absorção.

Sinais e sintomas da hipoglicemia

Palidez, sudorese fria, palpitação, irritabilidade, perda de memória, confusão mental, convulsão, sonolência, torpor e coma.

Autora: Ana Flávia Pinheiro – Nutricionista – CRN 1004.

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