A diminuição do tempo de sono é um fato comum na sociedade moderna, e vários estudos tem encontrado importantes associações entre o prejuízo no padrão habitual do sono e a obesidade.
Uma revisão analisou o papel do sono e da sua alteração no desencadeamento da obesidade. Diversos estudos indicam que os indivíduos que dormem menos têm uma maior possibilidade de se tornarem obesos, e que o encurtamento do sono aumenta a razão entre dois hormônios: grelina e leptina.
A concentração do primeiro hormônio, a grelina (conhecido como hormônio da fome) aumenta e, do segundo, a leptina (conhecido como o hormônio da saciedade) diminui. O predomínio da grelina (produzida no estômago) gera um aumento do apetite e da fome. Isto pode estar associado à maior ingestão calórica e ao desencadeamento da obesidade.
Além de promover esta alteração hormonal capaz de aumentar a ingestão calórica, dormir mal pode possibilitar uma maior oportunidade para comer à noite. A perda de sono pode também resultar em cansaço, o que tende a diminuir o nível de atividade física. Outro potencial mecanismo inclui efeitos na taxa do metabolismo basal.
Dessa forma, um padrão adequado de sono torna-se fundamental para o controle da massa corporal, devendo ser incentivado pelos profissionais da saúde. Atualmente, existe um subespecialidade da neurologia que aborda os distúrbios do sono.
Fonte: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia.
Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.
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