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Estresse destrói células cerebrais 

Os pesquisadores descobriram que em ratos jovens, o estresse de deparar-se com ratos mais velhos, agressivos, não parou com a geração de novas células nervosas , o primeiro passo no processo de neurogênese. Mas esse estresse impede as células, localizadas no hipocampo, de sobreviverem, deixando menos neurônios novos para processar sentimentos e emoções. O hipocampo é uma das duas regiões do cérebro que continua a desenvolver novas células nervosas ao longo da vida, tanto em ratos quanto em humanos. A redução da neurogênese poderia ser uma causa para a depressão, disse o autor sênior Daniel Peterson, PhD, do Rosalind Franklin University of Medicine and Science.

“Esta é uma evidência forte que os efeitos do estresse social na neurogênese ocorre depois de um atraso de 24 horas ou mais, fornecendo uma possível janela de tempo para tratamento de episódios agudos de estresse,” disse Henriette van Praag, PhD, do Salk Institute for Biological Studies.

Quando Peterson e sua equipe de pesquisa colocou um rato jovem numa gaiola com dois ratos mais velhos por 20 minutos, os ratos residentes dominaram rapidamente e, em muitos casos, morderam o intruso. A equipe relatou queos ratos intrusos estavam amedrontados e seus níveis de hormônio de estresse estavam seis vezes mais altos quando comparados a ratos novos que passaram pela situação estressante.

Examinando o cérebro dos ratos por meio de um microscópio, os cientistas descobriram que mesmo com altos níveis de hormônios de estresse, os ratos jovens estressados geraram tantas células novas quanto seus parceiros não estressados. Pesquisas anteriores levaram a supor que níveis hormonais bloqueavam a geração de novas células ou causavam sua morte mais cedo. Mas uma semana após o encontro, a equipe de pesquisa descobriu que apenas um terço das células geradas sob o estresse sobreviveu. A sobrevivência a longo prazo das células nervosas também foi comprometida. Quando os pesquisadores marcaram as células recém-nascidas no hipocampo, submeteram os ratos ao estresse uma semana depois e examinaram o tecido cerebral no fim de um mês, eles contaram um terço a menos de células nervosas completamente desenvolvidas.

“O próximo passo é entender como o estresse reduz essa sobrevivência,”disse Peterson. “Queremos determinar se medicamentos antidepressivos podem manter esses novos neurônios vulneráveis vivos.”

Fonte: www.emedix.com.br

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