A pressão arterial elevada (hipertensão arterial) agora é definida como valores de 130 mmHg ou mais para a medida da pressão arterial sistólica, ou valores de 80 mmHg ou mais para a medida da diastólica. Essa é uma mudança em relação à antiga definição de 140/90 mmHg, refletindo complicações que podem ocorrer nos números mais baixos.
Na primeira atualização das diretrizes Americanas sobre detecção e tratamento da pressão arterial desde 2003, a categoria de pré-hipertensão esta sendo eliminada.
As novas categorias de pressão arterial são:
Normal: Menos de 120/80 mmHg;
Elevado: PA sistólica entre 120-129 e PA diastólica inferior a 80;
Hipertensão Fase 1: Sistólica entre 130-139 ou diastólica entre 80-89;
Hipertensão Fase 2: Sistólica pelo menos 140 ou diastólica pelo menos 90 mm Hg;
Crise hipertensiva: Sistólica superior a 180 mmHg e/ou Diastólica acima de 120 mmHg, com pacientes que necessitam de mudanças imediatas na medicação em pacientes sem sintomas relevantes, ou hospitalização imediata se houver sinais de danos nos órgãos-alvos.
Espera-se que o impacto das novas diretrizes seja maior entre os jovens. Prevê-se que a prevalência de hipertensão arterial irá triplicar entre homens com menos de 45 anos e duplicar entre as mulheres com menos de 45 anos, de acordo com o relatório.
Outras mudanças na nova diretriz incluem:
Apenas prescrever medicamentos para hipertensão do estágio I se o paciente já teve um evento cardiovascular, como um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral, ou está em alto risco de ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral com base na idade, presença de diabetes mellitus, doença renal crônica ou cálculo de risco aterosclerótico (usando a mesma calculadora de risco utilizada na avaliação do colesterol alto).
Reconhecendo que muitas pessoas precisarão de dois ou mais tipos de medicamentos para controlar a pressão arterial e que as pessoas podem tomar seus comprimidos de forma mais consistente se vários medicamentos forem combinados em uma única pílula.
Identificando o status socioeconômico e o estresse psicossocial como fatores de risco para a pressão arterial alta que devem ser considerados no plano de cuidados de um paciente.
No Brasil, as últimas diretrizes de hipertensão, capitaneadas pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, foram publicadas em setembro de 2016, pouco mais de um ano atrás. Elas mantiveram os valores de 140/90 mmHg ou mais para diagnóstico de hipertensão.
Com as novas recomendações Americanas publicadas, espera-se que as diretrizes brasileiras sejam revisadas, inclusive com impacto sobre os valores considerados desejáveis para medidas domiciliares, como no caso da MRPA (monitorização residencial da pressão arterial).
Fonte: assistenciafarmaceutica.far.br
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