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Reações do sistema cardiovascular durante a atividade sexual 

A atividade sexual pode ser dividida em quatro fases : excitação, platô , orgasmo e a resolução. O maior gasto energético durante a relação sexual ocorre no orgasmo , momento no qual o consumo de oxigênio atinge o seu valor de pico, com retorno as condições basais dentro de aproximadamente 2 a 3 minutos .

A atividade sexual entre parceiros habituais , é freqüentemente comparada a um exercício que produz um gasto energético de aproximadamente 2 a 3 METS (equivalentes metabólicos) na fase pré-orgásmica e 3 a 4 METS durante o orgasmo. Um MET é o gasto de energia em estado de repouso. Este esforço (3 a 4 METS) , equivale a subir dois lances de escada . Na maior parte das ocasiões as respostas cardiovasculares e metabólicas na atividade sexual parecem estar mais relacionadas à excitação do que ao esforço físico propriamente dito.

O esforço durante uma relação sexual , corresponde aquele observado em uma atividade física com gasto energético classificado como de baixo a moderado. A freqüência cardíaca média de pico atinge um valor de 114 batimentos ( desvio padrão de 14 batimentos para mais ou para menos ) por minuto  e a pressão arterial de pico apresenta valores médios de 163/81 mmHg, sendo que tais respostas fisiológicas foram mensuradas no pico do orgasmo.

Cabe então ressaltar que o gasto energético do ato sexual, é comparável ao de muitas atividades cotidianas. No entanto, não podemos extrapolar tais informações, pois não existem dados na literatura quanto ao gasto energético que outras modalidades sexuais possam exigir ( exemplo: atividade sexual não-conjugal , sexo grupal, atividade sexual homossexual , entre outras práticas ). Além disso, não se pode deixar de mencionar que 3 METs pode ser um esforço considerável para um indivíduo que se encontra na terceira idade.

O fator idade e o sexo feminino: 

Com o passar do tempo, os homens passam a ter menos ereções espontâneas e uma estimulação maior , é necessária para conseguir obter uma ereção completa. O período refratário também aumenta , mas, curiosamente, a duração da ereção parece aumentar com a idade . Como já considerado, ocorre aumento exponencial na prevalência de disfunção erétil com o envelhecimento , afetando cerca de 30% dos homens dos 40 aos 70 anos  e cerca de 75% dos homens de 80 anos.
Os dados disponíveis sobre os diferentes aspectos relacionados à fisiologia sexual em mulheres são escassos, mas não há razão para acreditar na existência de grandes variações entre os gêneros, exceto o fato de as mulheres poderem ter múltiplos orgasmos no mesmo intercurso sexual e pela grande prevalência de anorgasmia ( ausência de orgasmo ) , especialmente nas faixas etárias mais avançadas.

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