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Realmente somos o que comemos? 

Não há dúvida de que a alimentação interfere de forma significativa na nossa vida, mas até que ponto ela é tão importante? Bom, sabemos que nos últimos 50 anos, nossos hábitos mudaram muito: nosso trabalho mudou, nosso ar mudou, nossa alimentação mudou, ingerimos aditivos e agrotóxicos que antes não existiam e o índice de incidência de mortes precoces aumentou. É inegável que algo esta acontecendo… Infelizmente, nosso organismo não conseguiu acompanhar essas mudanças como deveria e como resultado temos um número cada vez maior de doenças, as chamadas doenças da vida moderna: diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares, stress crônico, problemas da tireóide, câncer e varias outras2.

Só para termos uma idéia, nosso organismo é formado por trilhões de células, sendo que dessas, milhões são recicladas diariamente. Hoje já se sabe, através de vários estudos científicos, que as bases para formação dessas novas células são os nutrientes, sendo que pelo menos 44 destes já foram identificados e comprovados1. Isto quer dizer que, se você não tem uma alimentação de qualidade, com quantidade adequada desses nutrientes, suas novas células podem não ser formadas adequadamente e como conseqüência podemos ter inúmeras alterações fisiológicas e doenças crônicas.

Uma alimentação correta, rica em antioxidantes (principalmente frutas e vegetais) tem a capacidade de decidir entre o desenvolvimento ou não de certa doença, de acordo com a predisposição genética de cada pessoa. Ou seja, não é porque sua família toda teve problema cardíaco que você também terá, você tem sim, uma maior chance, mas pode evitar ou retardar o aparecimento dessa doença de forma muito simples: comendo corretamente e praticando atividade física regular. Ironicamente, percebemos que justo esses dois itens estão cada vez mais sendo deixados de lado, em segundo plano, como se fossem meros coadjuvantes e não protagonistas de uma boa qualidade de vida3.

Hoje as crianças estão cada vez mais cedo sendo introduzidas ao mundo dos refrigerantes, alimentos industrializados, refinados e doces. Um estudo feito em Harvard, nos Estados Unidos, mostrou números assustadores. Provou que os filhos de hoje terão uma expectativa de vida menor que de seus pais1. A mídia mostra os alimentos industrializados muito mais atrativos, práticos e saborosos do que frutas e verduras. Esse conceito está cada vez mais forte entre os jovens e algo deve ser feito para conscientizar essa nova geração da importância dos alimentos na sua formação, não apenas do corpo, mas do DNA. E isto é Nutrição Celular.

Devo deixar claro uma grade diferença que existe entre: se alimentar corretamente e efetivamente os nutrientes chegarem à célula. Muitas vezes, podemos comer corretamente, porém possuímos desequilíbrios fisiológicos que fazem com que os alimentos não sejam “quebrados” e absorvidos adequadamente. Você pode estar se perguntando: quer dizer então que eu posso estar comendo bem, no entanto não me nutrindo? Sim, isto pode estar acontecendo e é o que chamamos de Síndrome da Má Absorção. Vários podem ser os motivos, desde uma má mastigação (o que é extremamente comum, pois muitas pessoas comem em pé ou em menos de 10 minutos), problema na acidificação do estômago, na produção de enzimas digestivas ou um de desequilíbrio da flora bacteriana intestinal (chamado disbiose intestinal).

Bom, através dessas informações podemos ver que nos nutrir não é um processo muito simples e por isso devemos lhe dar especial atenção e dessa forma, viver com mais qualidade. Se você não esta gostando de como se parece, de como está se sentindo, talvez seja hora de reavaliar sua alimentação!

Referencias Bibliográficas:

1.CARREIRO, D.M. Entendendo a importância do processo alimentar. Sao Paulo, 7 ed., 2007.

2.HEIDEMANN, C et al. Dietary patterns and risk of mortality from cardiovascular disease, cancer, and all causes in a prospective cohort of women. Circulation, v.118, n.3, p.214-5, 2008.

3. WALKER, A.R.; WALKER, B.F.; ADAM, F. Nutrition, diet, physical activity, smoking, and longevity from primitive hunter-gatherer to present passive consumer-how far can we go: Nutrition, v.19, n.2, p. 169-173, 2003.

 

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