Pacientes com doença arterial coronariana (presença de placas de gordura na parede das artérias do coração) podem experimentar uma redução de suas obstruções, quando seus níveis de colesterol LDL ("colesterol ruim") e da pressão arterial sistólica (máxima) são reduzidos de uma forma intensa.
Um total de 3.437 pacientes portadores de doença arterial coronariana, oriundos de sete grandes estudos (REVERSAL, CAMELOT, ACTIVATE, ASTEROID, ILLUSTRATE, PERISCOPE e STRADIVARIUS), foram avaliados através de ultrassom intracoronariano (exame capaz de avaliar detalhadamente as placas de gordura nas artérias do coração, chamadas de ateromas) cerca de dois anos após o inicio de cada um destes estudos.
Os pacientes destes estudos foram agrupados em 4 categorias, de acordo com o nível de seu LDL e de sua pressão arterial sistólica (máxima):
– Grupo 1: LDL colesterol abaixo de 70 mg/dL e pressão arterial sistólica menor que 120 mmHg;
– Grupo 2: LDL colesterol abaixo de 70 mg/dL e pressão arterial sistólica maior que 120 mmHg;
– Grupo 3: LDL colesterol acima de 70 mg/dl e pressão arterial sistólica menor que 120mmHg;
– Grupo 4: LDL colesterol acima de 70 mg/dL e pressão arterial sistólica maior que 120 mmHg.
Os pacientes do grupo 1 (LDL colesterol abaixo de 70 mg/dL e pressão arterial sistólica menor que 120 mmHg) foram os que apresentaram maiores reduções no volume da placa de ateroma. Os pacientes do grupo 3 (LDL colesterol acima de 70 mg/dL e pressão arterial sistólica menor que 120 mmHg), comparativamente aos do grupo 1, apresentaram menores reduções no volume da placa, sugerindo que o elemento que causava maior impacto nessa redução, era o LDL abaixo de 70mg/dl, e não a pressão arterial sistólica menor que 120/80 mmhg.
O Dr. Steve Nissen, autor principal do estudo, concluiu que o ideal seria obter valores de LDL inferiores a 70mg/dl e da pressão arterial sistólica menor que 120 mmHg, em todos os pacientes sabidamente portadores de doença arterial coronariana.
Fonte: JACC (2009).
Texto revisado por Nícia Padilha.
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