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Síndrome de  Stokes-Adams
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Síndrome de Stokes-Adams 

A síndrome (conjunto de sinais e sintomas) de Stokes-Adams é uma das causas de síncope (desmaio) de origem cardíaca.

Sua causa é o bloqueio atrioventricular avançado, ou seja, de terceiro grau (também chamado de bloqueio atrioventricular total). Nessa situação ocorre uma redução significativa do batimento cardíaco, seguida de uma queda da irrigação sanguínea cerebral, levando ao desmaio.

Nessa condições observamos episódios repetitivos de perda da consciência, às vezes, vários por dia, geralmente, associados a uma rápida recuperação da mesma.

Bloqueio atrioventricular de terceiro grau ou total

O nó sinusal ou sinoatrial (marcapasso natural do coração) inicia um impulso elétrico que flui sobre os átrios direito e esquerdo (câmaras cardíacas menores e superiores do coração), fazendo que estes se contraiam. O sangue, imediatamente será deslocado para os ventrículos (câmaras cardíacas maiores e inferiores).

Quando o impulso elétrico chega ao nó atrioventricular (estação intermediária do sistema elétrico), este sofre um ligeiro retardo. Em seguida, o impulso dissemina-se ao longo do feixe de His, o qual divide-se em ramo direito (direcionado para o ventrículo direito) e esquerdo (direcionado para o ventrículo esquerdo). Este último é dividido em três fascículos: anterossuperior,  anteromedial e posteroinferior.

Em seguida, o impulso atinge os ventrículos, fazendo com que estes se contraiam (sístole ventricular) permitindo o deslocamento do sangue para fora do coração. O ventrículo esquerdo ejeta o sangue para o cérebro, músculos e outros órgãos do corpo humano. O ventrículo direito ejeta o sangue exclusivamente para a circulação do pulmão, para que este sangue seja enriquecido com oxigênio.

No bloqueio atrioventricular total o estímulo elétrico não progride em direção aos feixes de His, ficando bloqueado no nó atrioventricular. As suas causas são diversas.

O diagnóstico do quadro é feito pelo exame clínico, eletrocardiograma e, se necessário, por um Holter (registro eletrocardiográfico de 24 horas até 7 dias).

Quando não há uma causa reversível, por exemplo, a ação de drogas, o tratamento costuma implicar em um implante de marcapasso.

Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.

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