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Destaques, Infarto do Miocárdio

Tratar o infarto do miocárdio em octogenários aumenta a sobrevivência com uma boa qualidade de vida, diz estudo 

O grupo das pessoas com mais de 80 anos de idade, vem crescendo rapidamente na população. Nos Estados Unidos, estima-se que cerca de 2% da população seja composta por pessoas com mais de 80 anos de idade.

Este grupo de pacientes, muitas vezes, é privado de um tratamento adequado para o infarto do miocárdio (ataque cardíaco), por causa de sua idade avançada. Além disso, são escassos os dados na literatura médica relativos aos benefícios do tratamento do infarto do miocárdio em pacientes octogenários.

Um recente estudo avaliou o resultado do tratamento do infarto do miocárdio, em 78 pacientes com 85 anos de idade ou mais. A grande maioria desses pacientes (mais de 70%) foi submetida a uma angioplastia coronariana (desobstrução da artéria do coração através de um cateterismo cardíaco). Esta é a forma de tratamento preferencial, visando desobstruir a artéria afetada. Este procedimento foi bem sucedido em 94% desses pacientes. Os medicamentos de rotina, usados para pacientes infartados, também foram administrados para a maioria desses pacientes.

A complicação mais grave, observada, foi o desenvolvimento de choque cardiogênico (falência cardíaca após o infarto do miocárdio). Essa complicação foi o maior preditor de morte e complicações após o infarto do miocárdio.  O acompanhamento de todos esses pacientes demonstrou que deles, 75% estavam vivos em um ano e 65% estavam vivos em dois anos.

A qualidade de vida após o infarto do miocárdio foi avaliada por questionários específicos, chamados de EQ-5d e EQ-VAS. O grau de qualidade de vida foi considerado elevado na maioria dos sobreviventes. Os autores do estudo concluem que tratar adequadamente o infarto do miocárdio, em pacientes com 85 anos de idade ou mais, acarreta elevados índices de sobrevivência com uma boa qualidade de vida.

Fonte: American Journal of Cardiology (2009). 

Texto revisado por Nícia Padilha.

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