Um novo estudo norte-americano avaliou a relação entre disfunção olfatória (prejuízo do olfato) e o diagnóstico de demência.
Demência é um grupo de doenças cerebrais que gradualmente causam diminuição da capacidade de raciocínio e memória, a ponto de interferir significativamente na qualidade de vida do indivíduo. Outros sintomas comuns são problemas emocionais, prejuízo da linguagem e desmotivação
Os autores do estudo avaliaram homens e mulheres com idades entre 57 e 85 anos, totalizando 2.906 pessoas. A capacidade de identificar odores (olfato) foi avaliada no início do estudo através de um teste específico para essa finalidade. Cinco anos depois dessa avaliação inicial, alguma pessoa responsável pelo paciente relatava aos pesquisadores o diagnóstico de demência, caso esse diagnóstico estivesse presente.
Adultos mais velhos com perda do olfato tiveram duas vezes mais chances de desenvolver demência 5 anos depois. Os autores do estudo concluíram que adultos mais velhos com funções cognitivas normais, mas com dificuldade para identificar odores, apresentavam uma maior probabilidade de serem diagnosticados com demência no futuro, independentemente de outros fatores de risco conhecidos para a doença.
A identificação precoce de pessoas com tendência à demência pode proporcionar uma oportunidade para reduzir o ônus que a demência significa ao sistema de saúde.
Fonte: Journal of The American Geriatrics Society.
Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.
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