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A internet pode ajudar hipertensos no controle da pressão arterial?
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A internet pode ajudar hipertensos no controle da pressão arterial? 

A  hipertensão arterial, conhecida como “pressão alta”, é  uma  doença  de  origem multifatorial (apresenta várias causas), geralmente assintomática, caracterizada pela elevação persistente dos níveis da pressão arterial.

Sua presença aumenta o risco do desenvolvimento de complicações cardiovasculares  como o acidente vascular cerebral (derrame cerebral), infarto do miocárdio (ataque cardíaco), insuficiência cardíaca (coração fraco),  doenças da aorta (aneurismas e outras), retinopatia (comprometimento da retina dos olhos) e a insuficiência renal (falência dos rins).

A hipertensão arterial  é o mais importante fator de risco cardiovascular, contribuindo diretamente para o desenvolvimento da aterosclerose (desenvolvimento de placas de  gordura  na parede das diversas  artérias do organismo). É uma doença que não costuma causar sintomas, por isso, é conhecida como a “matadora silenciosa”.

Por sua natureza crônica, assintomática e geralmente incurável, a hipertensão arterial é hoje uma das doenças com as mais baixas taxas de controle em todo o mundo. Estima-se que no Brasil cerca de 10 até no máximo 30%% dos hipertensos estejam com seus níveis de pressão arterial controlados.

Um recente estudo demonstrou que a internet pode ser uma ferramenta útil no controle da doença. Pesquisadores dos Estados Unidos compararam as taxas de controle da doença  entre 3 grupos distintos de pacientes hipertensos (cada grupo era formado por cerca de 250 pacientes).

O primeiro grupo recebia as orientações habituais em consultas médicas periódicas ; o segundo grupo recebia adicionalmente  informações sobre a doença via internet; o terceiro grupo recebia, além das orientações nas consultas e pela internet, a possibilidade de interagir de forma online com  farmacistas (técnicos em farmácia),  os quais orientavam mudanças nas medicações.

As taxas de controle no primeiro, segundo e terceiros grupos  foi  respectivamente de 31%, 38% e 56%. Em todos os grupos os pacientes realizavam medidas da pressão arterial em casa (automedidas da pressão arterial).

Fonte: JAMA.

Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.

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