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Apenas 3 a 5% dos casos de hipertensão arterial apresenta uma causa definida, saiba mais
Hipertensão Arterial

Apenas 3 a 5% dos casos de hipertensão arterial apresenta uma causa definida, saiba mais 

A  hipertensão arterial, conhecida popularmente como pressão alta, é uma  doença  de origem multifatorial, ou seja, que apresenta várias causas, geralmente assintomática, caracterizada pela elevação dos níveis da pressão arterial.
Sua presença aumenta o risco do desenvolvimento de complicações cardiovasculares, como o acidente vascular cerebral (derrame cerebral), infarto do miocárdio (ataque cardíaco), angina do peito, insuficiência cardíaca (falência cardíaca), doenças da aorta (aneurismas e outras), retinopatia (doença da retina) e a insuficiência renal (falência dos rins).
A hipertensão arterial primária não apresenta uma causa aparente, correspondendo a grande maioria dos casos (mais de 95%). A hipertensão arterial  primária é uma doença multifatorial, pois diversos aspectos contribuem para o seu aparecimento: idade, sexo (os homens geralmente iniciam o quadro de hipertensão arterial antes dos 50 anos e as mulheres após os 50 anos), excesso de peso, raça (afrodescendentes  sofrem mais de hipertensão arterial), sedentarismo, fatores socioeconômicos (pessoas de nível social mais baixo são mais propensas ao desenvolvimento da hipertensão arterial),  ingestão excessiva de sal e álcool, história familiar (genética), entre outros fatores.
Por isso, costumamos dizer que a hipertensão arterial não tem cura, mas tem controle. As mudanças de hábitos de vida, bem como, o uso de medicamentos, não devem ser interrompidos. Só assim é possível reduzir significativamente o risco de complicações cardiovasculares e morte no longo prazo.
A hipertensão arterial secundária apresenta uma causa definida, e responde por cerca de 3 a 5% do total de casos. O tratamento da causa pode curar ou melhorar o controle da pressão arterial.
Causas de hipertensão arterial  secundária
Doenças renais (glomerulonefrites, entre outras), doenças das artérias renais (comprometimento por aterosclerose ou displasia fibromuscular, uma forma de malformação), doenças da supra-renal (que acarretam um excesso na produção do hormônio aldosterona, que retém sódio e água), síndrome de Cushing (excesso na produção de cortisol), feocromocitoma (tumor que produz catecolaminas, substâncias que elevam o batimento cardíaco e a pressão arterial), coarctação da aorta (estreitamento congênito da artéria aorta), doenças da tireoide (hipo ou hipertireoidismo), ação de medicamentos (anti-inflamatórios, corticoesteroides, descongestionantes nasais, inibidores de apetite, modafinil, anticoncepcionais,  terapia de reposição hormonal e certos antidepressivos),  ingestão excessiva de álcool, uso de drogas ilícitas (como cocaína e seus derivados), síndrome da apneia do sono (roncos e paradas respiratórias noturnas, associadas a fadiga e sonolência diurna), entre outras.
Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.

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