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Risco de morte após cinco anos de cirurgia bariátrica é semelhante nos extremos de idade, diz estudo
Emagrecimento, Obesidade

Risco de morte após cinco anos de cirurgia bariátrica é semelhante nos extremos de idade, diz estudo 

Um estudo teve como objetivo principal avaliar os resultados da cirurgia bariátrica em extremos da vida, ou seja, em pacientes com 60 anos de idade ou mais, e menores de 18 anos. Entre 1985 e 2008, foram operados 1.834 pacientes, sendo a grande maioria submetida à derivação gástrica em Y de Roux. Foram identificados 157 pacientes com mais de 60 anos e 14 com menos de 18 anos. Entre todos estes pacientes foi aplicado um questionário.

Nos pacientes com mais de 60 anos, a mortalidade nos primeiros 30 dias após a cirurgia foi de 0,7%, a morbidade (qualquer tipo de complicação relacionada  à cirurgia) foi de 14% e a mortalidade, em cinco anos, foi de 5% neste grupo. A queda no IMC desta faixa etária variou entre médias de 46 kg/m2 para 33 kg/m2, com 51% de desaparecimento das comorbidades associadas à obesidade, e melhora subjetiva de 89% quanto à satisfação do paciente.

Nos pacientes com 18 anos ou menos não houve mortes nem complicações importantes. O IMC médio caiu de 55 kg/m2 para 36 kg/m2, em quatro anos de seguimento. O desaparecimento das comorbidades relacionadas à obesidade foi de 82% e a auto-satisfação foi de 83%. A mortalidade em cinco anos também foi de 5% neste grupo. Os autores concluíram que a cirurgia bariátrica é segura e efetiva nos extremos de idade.

Indicações da cirurgia bariátrica

As indicações da cirurgia são as seguintes, seguindo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM):

-IMC acima de 40 kg/m², independentemente da presença de comorbidades (doenças associadas à obesidade como hipertensão arterial, doença arterial coronariana, diabete melito, apneia do sono e várias outras).

-IMC entre 35 e 40 kg/m² na presença de comorbidades.

-IMC entre 30 e 35 kg/m² na presença de comorbidades que tenham obrigatoriamente a classificação “grave” por um médico especialista na respectiva área da doença.

É também obrigatória a constatação de “intratabilidade clínica da obesidade” por um endocrinologista, ou seja, a falha do tratamento com mudanças nos hábitos de vida e medicamentos.

Fonte: Journal of Gastrointestinal Surgery.

Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.

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