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Cerca 70% dos hipertensos graves sofrerão um derrame cerebral
Destaques, Hipertensão Arterial

Cerca 70% dos hipertensos graves sofrerão um derrame cerebral 

Em 1970 a publicação do estudo de Framingham forneceu as primeiras pistas sobre a relação entre pressão arterial elevada e risco de infarto do miocárdio (ataque cardíaco).

Uma recente publicação confirma de forma inquestionável a associação entre hipertensão arterial e as doenças cardiovasculares. O estudo Framingham foi um marco na história das doenças cardiovasculares, pois identificou a interação de múltiplos fatores de risco para  seu desenvolvimento, e também serviu de base para a criação de novas estratégias preventivas e terapêuticas.

O estudo de Framingham estratificou os fatores de risco em uma escala. Para a hipertensão arterial, o limite de pressão sistólica foi de 140 mmHg, e a pressão arterial  foi considerada ótima quando inferior a 120/80 mmHg, normal quando se apresenta em valores entre 120 e 129/80-84 mmHg, e limítrofe quando os valores estão entre 130 e 139/85-89 mmHg.

Outros estudos de coorte complementaram informações sobre os riscos da hipertensão arterial, ressaltando que  mesmo alterações modestas nos valores da pressão são perigosas e que o risco de derrame cerebral e doenças coronarianas duplica,  em indivíduos entre 40 e 69 anos, para cada elevação de 10 e 20 mmHg da pressão arterial.

Dessa forma, independentemente da idade ou do sexo,  o risco de doenças cardiovasculares aumenta gradativamente com os valores da pressão arterial. A hipertensão arterial teve grande relevância no estudo,  pois estava intimamente relacionada ao risco de derrame cerebral isquêmico e hemorrágico. Na presença de hipertensão, o risco de desenvolver um derrame cerebral foi de 17% e o componente sistólico (pressão arterial máxima) foi o que apresentou maior risco.

Entre os indivíduos que apresentavam hipertensão arterial severa, 70% desenvolveram derrame cerebral isquêmico e, quando a hipertensão era leve, a taxa foi de 56%.

No Brasil o derrame cerebral é uma das principais causas de morte, sendo a hipertensão arterial descontrolada uma  das maiores justificativas para esse fato.

Fonte: Framingham Study-JAMA.

Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.

 

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