O estudo INTERHEART foi desenvolvido para avaliar a importância dos fatores de risco para o infarto do miocárdio ao redor do mundo. Foram 262 centros em 52 países de 5 continentes.
Pacientes com infarto do miocárdio admitidos nas primeiras 24 horas foram comparados com outros pacientes (hospitalares e comunitários), chamado de grupo controle.
Nesta avaliação, nove fatores de risco explicaram mais de 90% do risco para o infarto do miocárdio. De modo surpreendente, o tabagismo e a dislipidemia (anormalidades do colesterol, aferidas pela relação Apo B-100 / ApoA1), compreenderam mais de dois terços deste risco. Fatores psicossociais, obesidade central, diabete melito e hipertensão arterial, também foram significativamente associados, embora com algumas diferenças relativas nas diferentes regiões do mundo estudadas.
Esses dados confirmaram a importância dos fatores de risco tradicionais, previamente estabelecidos, em todas regiões do mundo e todos grupos raciais.
Os autores concluíram que os fatores de risco tratáveis que aumentaram o risco de infarto do miocárdio foram: anormalidades do colesterol (dislipidemias, evidenciada pela relação Apo B-100 / Apo A1) em 3,25 vezes, tabagismo em 2,87 vezes, diabete melito em 2,37 vezes, hipertensão arterial em 1,91 vezes, obesidade em 1,62 vezes e fatores psicossociais (estresse e depressão) em 2,67 vezes.
Esses são os fatores de risco tratáveis que efetivamente devem ser controlados para a redução de novos casos de infarto do miocárdio.
Os fatores que reduziam o risco de infarto do miocárdio foram: consumo diário de frutas e legumes, atividade física moderada regular e consumo moderado de bebidas alcoólicas.
Fonte: Lancet.
Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.
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