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Melhores seus ossos e seus músculos 

Segundo a Organização Mundial de Saúde, www.who.com o mundo, especificamente o Brasil, vem envelhecendo de forma acelerada. O envelhecimento, como processo natural e inevitável, causa inúmeras alterações fisiológicas sobre os sistemas neuro-musculo-esquelético e sensorial. Essas modificações poderão levar a déficit de equilíbrio e alterações nas capacidades físicas de modo geral, bem como na marcha, que vulnerabiliza o idoso às quedas e limitações funcionais FREITAS & CONSERVANI (2001).   A independência funcional requer força muscular, equilíbrio, resistência cardiovascular e também motivação. 

A deterioração funcional causada pelo envelhecimento associado ao modo conduzente de vida e as condições sócio-econômicas, podem acelerar ainda mais o declínio das perdas da qualidade de vida da população idosa FLECK & KRAEMER(1999); WEINECK(2000); LATORRE(2003). Entende-se que dentro da elaboração de um programa de exercício físico, voltado para a promoção de saúde do idoso, o item força muscular merece destaque pela sua relevância. A necessidade de força muscular para a realização das atividades físicas regulares especialmente na população idosa é indiscutível. Inúmeros trabalhos científicos vêm apontando esta realidade e compreensão de que os exercícios resistidos são efetivamente promotores no aumento da força muscular na população geral bem como idosos. 

Os benefícios dos exercícios de ganho de força, exercícios resistidos, vêm se tornando evidentes e sua implementação está sendo amplamente comprovada visto que uma série de AVDs exigem doses variadas de força e resistência muscular em indivíduos de diferentes idades GHORAYEB & BARROS(1999). O desenvolvimento da força muscular por meio de Exercícios Resistidos é capaz de provocarem alterações neuroteciduais nas áreas destes sistemas promovendo melhores condições na realização de movimentos básicos. Entre os benefícios atingidos pela prática dos Exercícios Resistidos, o aumento da força muscular e da densidade óssea são relevantes principalmente para a população idosa NIEMAN(1999).  Diversos autores entendem que há uma necessidade de implementação de um programa de exercícios físicos, mesmo em idades extremas, como sendo capaz de minimizar ou mesmo evitar o declínio funcional acentuado.

As recentes atualizações em Fisiologia do Exercício solicitam os profissionais da área de saúde a se acercarem do conhecimento científico e fundamentar suas ações para elaboração de programas que promovam melhora da saúde e da qualidade de vida dos idosos. Esta reflexão apresenta como objetivo analisar alguns estudos que estabeleceram correlações e apontaram para modificações fisiológicas significativas da necessidade e eficácia dos exercícios resistidos.   As justificativas aqui apresentadas são fundamentação para a prescrição de exercícios de ganho de força muscular, exercícios resistidos, como determinante da melhora da qualidade de vida na população idosa. Entende-se que o treinamento de força  é considerado, por diversos autores uma intervenção promissora para inverter a perda de força muscular e a deterioração das estruturas dos músculos que é associado com o envelhecimento. 

Conclui-se que esta reversão resulta das adaptações e melhorias das condições da capacidade funcional no envelhecimento, por aumento da massa muscular e sua força, aumento de densidade mineral óssea (BMD) e mudanças de hábitos de vida. Estudos apontam que a modalidade de treinamento de exercício aeróbio não melhora a produção de força muscular nos indivíduos idosos e que a perda de força muscular pode se tornar a mais limitante das capacidades para a realização das atividades de vida diária.  Em contra partida, os efeitos benéficos, da produção de força muscular dos exercícios resistidos são bem documentados. Surge, então, algumas questões relevantes:  Os exercícios resistidos combinados com exercícios  aeróbios não resultariam em uma melhor qualidade de vida dos idosos, já que a documentação científica, da combinação destas modalidades ainda não foi tão amplamente revisada ? Como os efeitos deletérios do envelhecimento têm sido apresentados especialmente em estudos transversais, com grupos de ambos os sexos e faixas etárias variando dos 20 aos 90 anos de idade, com escassas evidências de estudos longitudinais; quais seriam os resultados dos estudos sendo aplicados longitudinalmente? E com ambas as modalidades de exercícios?  Quer ler mais sobre este assunto fale com o autor: julio@movimentoht.com.br   Programas de exercícios devem ser elaborados por profissionais de Educação Física, credenciados: http://www.confef.org.br/extra/crefs/

Prof. Júlio César Vallim – cref: 004424 G PR

Fisiologia do Envelhecimento – Departamento de Geriatria da Faculdade de Medicina da USP  
CECAFI – Centro de Estudos da Ciência da Atividade Física
 

 

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