O climatério é o momento da vida das mulheres em que os ovários param de produzir os hormônios femininos (estrogênio e progesterona), cessando os ciclos menstruais.
A mulher será considerada definitivamente menopausada quando permanecer cerca de 12 meses consecutivos sem menstruar. A menopausa costuma ocorrer, em média, aos 50 anos (45 aos 55 anos), e vários fatores podem influenciar na sua chegada mais precoce ou mais tardia.
Num próximo à menopausa (perimenopausa) as mulheres poderão experimentar a presença de sintomas, como as ondas de calor, ganho de peso, ansiedade, alterações do humor e depressão.
Nas últimas décadas a terapia de reposição hormonal em mulheres menopausadas vinha sendo recomendada como benéfica, pois acreditava-se que pudesse combater as situações adversas que surgem nesse período, como a osteoporose e a doença cardiovascular.
Embora a terapia de reposição hormonal possa combater certos sintomas do climatério, como as ondas de calor e, ainda, ajudar na osteoporose, essa modalidade de tratamento apresenta aspectos positivos e negativos. Um estudo chamado Women’s Health Initiative (WHI ) demonstrou que a terapia de reposição combinada (estrogênio mais progesterona) não reduzia o risco de uma doença cardiovascular em mulheres menopausadas, pelo contrário , aumentava os riscos de câncer de mama, derrame cerebral, trombose venosa e infarto do miocárdio (ataque cardíaco).
Atualmente a terapia de reposição hormonal não deve ser preconizada com uma modalidade de tratamento visando prevenir as doenças cardiovasculares em mulheres menopausadas. Nesse período da vida mulher, quando o risco cardiovascular aumenta significativamente, medidas preventivas consagradas como perda de peso, cessação do tabagismo, prática de exercícios físicos e o controle de doenças crônicas, como hipertensão arterial, diabete melito e as dislipidemias (anormalidades do colesterol e suas frações) devem ser encorajadas.
Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.
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