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Cerca de  3 a 5% dos casos de hipertensão arterial apresentam uma causa definida, diz especialista
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Cerca de 3 a 5% dos casos de hipertensão arterial apresentam uma causa definida, diz especialista 

A  hipertensão arterial é  uma  doença  de  origem multifatorial, ou seja, apresenta várias causas, geralmente assintomática,  caracterizada pela elevação persistente dos níveis da pressão arterial, fato que acarreta um aumento do risco de desenvolvimento das doenças cardiovasculares.

Estima-se que 3 a 5% dos casos de hipertensão arterial apresentam uma causa definida a chamada hipertensão arterial secundária.

A presença da hipertensão arterial aumenta o risco de acidente vascular cerebral (derrame cerebral), infarto do miocárdio (ataque cardíaca), angina do peito, insuficiência cardíaca (coração fraco),  doenças da aorta (aneurismas e outras), retinopatia (doença da retina) e insuficiência renal. A hipertensão arterial é o mais importante fator de risco para o desenvolvimento da aterosclerose (desenvolvimento de placas  de  gordura na parede das  diversas  artérias do organismo).

A associação da  hipertensão arterial  com outros fatores de risco cardiovascular, como  a obesidade abdominal,  diabete melito e as dislipidemias anormalidades do colesterol e suas frações), é um achado frequente, denotando um mecanismo comum entre estas doenças. Esta associação de fatores de risco cardiovascular é a característica principal da síndrome metabólica.

A  hipertensão arterial  é uma doença  que pode iniciar desde a infância, e acomete cerca de 30% dos adultos. Entre os idosos (pessoas com 60 anos de idade ou mais), uma população crescente em nosso país, estas cifras são ainda mais expressivas, com  valores acima de 60% .

Causas

Segundo o especialista em hipertensão arterial,  Dr. Tufi Dippe Júnior, a hipertensão arterial  poderá ser primária (origem multifatorial, sem uma causa definida) ou secundária (com uma causa definida).

– Hipertensão arterial  primária:

São os casos de hipertensão que não apresentam uma causa aparente, correspondendo a grande maioria dos casos (mais de 90%). A hipertensão arterial primária é uma doença multifatorial, pois  diversos aspectos contribuem para o seu aparecimento: idade , sexo (os homens geralmente iniciam o quadro de hipertensão arterial antes dos 50 anos e as mulheres após os 50 anos), excesso de peso, raça (afrodescendentes e miscigenados sofrem mais de hipertensão arterial), sedentarismo, fatores sócio-econômicos (pessoas de nível social mais baixo são mais propensas ao desenvolvimento da hipertensão arterial),  ingestão excessiva de sal, história familiar (genética), entre outros fatores.

A presença de hipertensão arterial primária,  obesidade abdominal,  resistência à ação da insulina (hormônio que permite a entrada do açúcar para dentro das células), elevação dos níveis de glicemia (açúcar no sangue) e dos triglicerídeos, associados com baixos níveis de HDL-colesterol (“colesterol bom”), são os componentes da  síndrome metabólica.

– Hipertensão arterial secundária:

São os casos de hipertensão arterial que apresentam uma causa aparente, correspondendo a minoria dos casos (menos de 10%). São causas de hipertensão arterial secundária: doenças renais, doenças das artérias renais (comprometimento por aterosclerose ou displasia fibromuscular), doenças da supra-renal (o hiperaldosteronismo acarretam um excesso na produção do hormônio aldosterona,  o qual retém sódio e água) , síndrome de Cushing (excesso na produção de cortisol pelo organismo), feocromocitoma (tumor que produz catecolaminas, substâncias que elevam o batimento cardíaco e a pressão arterial) , coarctação da aorta (estreitamento congênito da artéria aorta) , doenças da tireoide (hipo ou hipertireoidismo), ação de medicamentos (anti-inflamatórios, corticoides, descongestionantes nasais, inibidores de apetite, modafinil, anticoncepcionais, terapia de reposição hormonal e certos antidepressivos),  ingesta excessiva de  álcool, uso de drogas ilícitas (como  cocaína e seus derivados) , síndrome da apneia do sono (roncos e paradas respiratórias noturnas, associadas a fadiga e sonolência diurna), entre outras.

Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.

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