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Cardiologia Preventiva, Destaques

Mesmo a poluição domiciliar pode contribuir para ataques cardíacos 

Sabemos que nos dias em que há maior poluição atmosférica , o número de internações hospitalares e mortes de origem cardíaca , aumentam . Um recente estudo , demonstrou claramente a influência da poluição ambiental (tanto ao ar livre , como  em ambientes fechados), sobre o sistema cardiovascular.

Pesquisadores da universidade de Michigan (Estados Unidos)  apresentaram os resultados deste estudo  durante uma das sessões científicas  do congresso da American Heart Association deste ano . "Os cardiologistas  realmente não estão cientes , da importância da poluição ambiental como um fator de risco para as doenças cardiovasculares ", disse em uma entrevista , o Dr. Bard   ,  um dos autores principais do estudo , que incluiu cerca de 65 pessoas (a maioria delas mulheres) , entre 19 e 80 anos de idade e residentes na cidade de Detroit .

Todos os indivíduos que participaram do estudo , usavam coletes que permitiam monitorar a poluição do ar por 24 horas , durante cinco dias consecutivos no verão e cinco dias consecutivos no inverno, apenas retirando os coletes para a sua higiene corporal ou para dormir. Conseqüentemente , explicou o Dr. Bard, os coletes captaram não somente poluentes de ambientes públicos , mas também , os poluentes de origem  domiciliar. 

Exposições de curto prazo, quando os indivíduos passavam por alguém fumando ou por um ônibus liberando fumaça , também foram avaliadas. O diâmetro de uma artéria do braço e a pressão arterial sistólica , também foram mensurados nos participantes do estudo , antes e após à exposição aos poluentes. Os pesquisadores verificaram que a exposição pessoal média ao material particulado fino , associando a ambas  exposições (ambientes internos e ao ar livre) , foi na média de 21,9 μg/m3 . Este valor é muito maior do que aquela mensurada pelas estações públicas de monitoração , que era na média 15,3 μg/m3 . 

Os pesquisadores constataram que um aumento de 10 μg/m3 na exposição pessoal no estudo , foi associado ao estreitamento do diâmetro de um vaso sangüíneo  localizado no braço , no prazo de 2 dias da exposição e , a um aumento da pressão arterial sistólica (até 1,6 mm Hg), após 1 dia de exposição.

Segundo o Dr. Bard, os principais tipos de poluentes aéreos detectados pelos coletes foram "subprodutos de combustão", ou seja, escapamento dos automóveis e fumaça ambiental do tabaco , apesar do fato de que todos os participantes do estudo eram não-fumantes e residentes em domicílios sem tabagistas. "A poluição atmosférica é, na verdade, mencionada como a 13ª maior causa de morte no mundo inteiro", lembrou o Dr. Bard . "Nós já sabíamos que a poluição atmosférica está associada aos eventos adversos cardiovasculares, incluindo o aumento da pressão arterial, mas o novo aspecto deste estudo , é que conseguimos mensurar a poluição à qual as pessoas foram diretamente expostas , além de avaliar sua influência  na função cardiovascular".

Fonte: American Heart Association (2008).

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