Um estudo analisou dados de 12.445 mulheres, com 20 até 34 anos de idade, participantes do Study Womens Health. Após o início do estudo, 248 mulheres engravidaram.
As mudanças nos hábitos de vida sugeridas por orientação médica, como a suplementação de ácido fólico, ingestão de álcool, interrupção do tabagismo, dieta e atividade física, foram analisadas entre as mulheres gestantes e foram comparadas com as mulheres que não engravidaram. O autor principal do estudo foi o Dr.Hazel M. Inskip (University of Southampton, Inglaterra).
As taxas de adesão às mudancas nos hábitos de vida foram levemente maiores nas gestantes, quando comparadas com as mulheres não-gestantes. Somente 2.9% das mulheres grávidas ingeriram suplementos à base de ácido fólico ou reduziram a ingestão de álcool antes de engravidarem.
Haviam também poucas diferenças em relação ao tabagismo: 74% e 69% das mulheres gestantes e não-gestantes, respectivamente, não fumavam. Em ambos os grupos, apenas 53% das mulheres consumiam vegetais e frutas nas quantidades recomendadas. As taxas de exercícios físicos significativos eram menores entre as mulheres grávidas (57%) quando comparadas as taxas entre as não-gestantes(64%).
A alimentação materna e outras mudanças do estilo de vida no período peri-gestacional (antes e durante a gestação), acarretam sérias implicações no desenvolvimento fetal. Os autores do estudo concluíram que as mulheres que desejam engravidar não se preparam adequadamente para tal fato. Os investigadores ainda enfatizam a necessidade de reforçar tais recomendações sobre mudancas nos hábitos de vida em mulheres que desejam engravidar.
Fonte: BMJ(2009).
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