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Óleos e azeites causam confusão; saiba qual é a melho opção
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Óleos e azeites causam confusão; saiba qual é a melho opção 

O óleo e azeite são produtos praticamente indispensáveis na cozinha. Atualmente, o incentivo ao consumo de alimentos mais saudáveis colocou nas prateleiras milhares de opções, e as pessoas, muitas vezes, não sabem realmente o que é melhor.

Óleo de soja, milho, girassol, canola e algodão são os mais comuns. O azeite de oliva é muito utilizado, sobretudo em saladas. Mas afinal, qual a diferença entre eles?

Antes de ir direto ao ponto, é preciso fazer alguns esclarecimentos sobre gorduras. Com a palavra a professora de nutrição da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), formada em engenharia de alimentos, Miriam Epstein.

“Em primeiro lugar, precisamos saber que na classificação nutricional existem os óleos e as gorduras. Os óleos encontram-se no estado líquido à temperatura ambiente, enquanto as gorduras no estado sólido também à temperatura ambiente”, disse Miriam.

“Existe em nosso sangue o colesterol, um tipo específico de lipídeo (gordura) sintetizado pelo fígado que é necessário ao metabolismo e, que também está presente na alimentação”, observa ela.

A nossa compreensão sobre qual é o melhor óleo gira em torno dessa e de outras explicações. O colesterol é dividido em  frações lipídicaa: o LDL (“colesterol ruim”), HDL (“colesterol bom”), VLDL (que não é bom) e triglicerídeos (que não são aconselháveis).

O LDL e o VLDL são pequenas partículas de lipídeos que conseguem se acumular ou “grudar” nas paredes dos vasos sanguíneos, causando o entupimento das artérias e aumentando o risco de aterosclerose (desenvolvimento de placas de gordura na parede das artérias), uma das temidas doenças cardiovasculares.

O excesso de triglicerídeos pode ter o mesmo efeito maléfico. Já o HDL são partículas grandes de lipídeos que conseguem desobstruir as artérias quando passam por elas. A junção de tudo isso forma o que os médicos chamam de colesterol total.

Depois deste resumo, entra em questão os ácidos graxos, que se dividem em saturados (origem animal ) e insaturados (origem vegetal) que, por sua vez , subdivide-se em monoinsaturados e poliinsaturados. O fato é que quase ninguém sabe o que tudo isso significa, por isso na hora das compras não presta muita atenção na composição dos produtos, como os óleos e as gorduras.

Miriam conta que os ácidos graxos saturados propiciam o aumento do LDL e dos triglicerídeos. Os monoinsaturados conseguem diminuir o LDL e manter a quantidade de HDL. E os poliinsaturados diminuem o LDL e o HDL (colesterol bom). A conclusão então é que os “monoinsaturados” seriam os mais indicados na alimentação.

A professora da faculdade de nutrição da UFMT, Maria Helena Gahyva, lembra também que na composição dos óleos existem os ácidos graxos essenciais, onde encontram-se principalmente os conhecidos ômega-3 e 6. “Os ácidos graxos poliinsaturados ômega-6 melhoram baixam o colesterol total, mas não aumentam o HDL. E os ômega 3 auxiliam tanto a reduzir o colesterol total como a aumentar o HDL”, informa.

Após toda esta introdução, vem a análise final: os óleos. Eles precisam ser escolhidos dependendo da composição de ácidos graxos. Por exemplo, o óleo de canola é o que ganha de todos os outros, pois possui maior quantidade de monoinsaturados. Enquanto o óleo de soja, o mais consumido pelos brasileiros devido ao menor preço, é o que possui menos monoinsaturados e um pouquinho mais de saturados. O azeite de oliva é sempre indicado por ser rico em ácidos graxos monoinsaturados.

Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia.

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