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Proteína C reativa ultrassensível (PCR us)
Aterosclerose, Destaques, Exames

Proteína C reativa ultrassensível (PCR us) 

A proteína C reativa (PCR) é um marcador de atividade inflamatória. Exitem duas formas de PCR: PCR quantitativa e ultrassensível. Estudos têm demonstrado a presença da PCR ultrassensível (PCR us) nos tecidos inflamados, nas artérias com aterosclerose (placas de gordura, chamadas de ateromas, em sua parede) e no músculo cardíaco infartado.

A PCR ultrassensível também desempenha papel que favorece a coagulação do sangue. Pacientes com infarto do miocárdio que apresentam níveis mais elevados de PCR ultrassensível apresentam uma maior extensão da área de necrose miocárdica (maior quantidade de células mortas do músculo cardíaco).

Níveis elevados de PCR ultrassensível, na ausência de outras doenças inflamatórias que possam aumentar seus níveis, correlacionam-se com maior extensão da aterosclerose nas artérias. Indivíduos aparentemente saudáveis com níveis mais altos apresentam também maior risco de desenvolvimento de doença arterial periférica (placas de gordura ou ateromas nas artérias periféricas, como as artérias dos membros inferiores).

Interpretação dos valores, quando excluídas causas inflamatórias, infecciosas ou imunes de elevação de PCR ultrassensível:

-Baixo risco: abaixo de 1 mg/L.

-Médio risco: 1 a 2 mg/L.

-Alto risco: maior que 2 mg/L.

-Muito alto risco: igual o maior que 10mg/L.

A dosagem da PCR ultrassensível não exige jejum. A diretriz  de aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia de 2017 considera a PCR ultrassensível elevada com um fator agravante de risco cardiovascular. Indivíduos, por exemplo, de médio risco pelo escore de risco cardiovascular global, quando apresentam níveis elevados de PCR ultrassensível são reclassificados para um nível de maior risco, muitas vezes necessitando intensificar o tratamento com estatinas (drogas redutoras de colesterol).

Não é recomendada sua dosagem com finalidade de estratificação de risco em indivíduos com doença aterosclerótica manifesta ou subclínica, nos diabéticos e naqueles de alto risco cardiovascular global, embora possa acrescentar informação prognóstica nestes indivíduos.

Um estudo, chamado Jupiter, demonstrou que a administração de 20 mg de uma droga redutora de colesterol, chamada rosuvastatina, pode diminuir o risco de um infarto do miocárdio em pessoas com PCR ultrassensível elevada, mas com níveis aceitáveis de colesterol.

Autor: Dr. Tufi Dippe Jr. CRM/PR 13700 – Cardiologista de Curitiba.

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