A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) aponta falhas graves no atendimento realizado pelo SUS. O presidente da SBU, José Carlos de Almeida, apresentou um dossiê ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão, denunciando diversos problemas nos atendimentos urológicos feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O presidente da entidade considerou a reunião satisfatória. “O ministério se prontificou a criar um calendário com reuniões periódicas para acompanhar a evolução do tratamento urológico pelo SUS. Nos informaram que seria possível a destinação de mais verbas, mas deixaram claro que esta não é uma atribuição apenas do governo federal e que é necessário a atuação conjunta dos gestores municipais e estaduais”, afirmou.
Segundo dados da SBU, existem mais de 2.500 pacientes utilizando sonda, que precisam retornar ao hospital de 30 em 30 dias, enquanto aguardam a cirurgia de próstata que demora cerca de cinco meses para ser realizada.
O especialista em urologia do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em Brasília, Bruno Vilalva Mestrinho disse que no Distrito Federal morrem por ano cerca de 500 pessoas com câncer de próstata que não conseguiram ser atendidas a tempo de fazer a cirugia. No país o número chega a cerca de 50 mil por ano.
“A espera por cirurgias urológicas chega a até cinco e as vezes é tarde. Em 2008 foram realizadas trezentas cirurgias, muitas aguardavam a vários anos”, disse.
O chefe do Serviço de Urologia do Hospital de Base de Brasília, Dídimo de Carvalho Telles, relata que apesar de fazer o atendimento pelo SUS o Hospital de Base tem uma realidade diferente dos demais hospitais do país.
De a cordo com o Ministério da Saúde, o ministro José Gomes Temporão, informou ao presidente da SBU, José Carlos Almeida, que a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem deverá ser lançada ainda neste semestre e sugeriu a criação de uma câmara técnica de diálogo permanente com a sociedade.
Para que essa política seja adotada, o Ministério da Saúde já destinou aos Estados R$ 2,7 milhões que serão aplicados na criação das áreas técnicas de saúde do homem nas secretarias estaduais.
Algumas ações previstas para este ano já foram definidas. Entre elas, a implantação da saúde do homem nos cursos de capacitação da especialização dos 32 mil médicos das Equipes de Saúde da Família (80% do total) e da educação à distância; apoiar a política de atenção à saúde do homem nas secretarias estaduais e nas capitais; lançar a Semana de Promoção da Saúde do Homem, que será comemorada no mês de agosto, no Dia dos Pais; distribuir 26,1 milhões de cartilhas sobre prevenção, diagnóstico, tratamento de câncer e promoção da saúde; aumentar em 20% ao ano o número de consultas para diagnóstico de doenças urológicas; e ampliar em 10% ao ano as cirurgias.
Fonte:Associação Paulista de Medicina (APM).
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