Artigos sendo lidos neste momento !

Artigos do PC

Síndrome de Dressler
Destaques, Doenças de A a Z, Infarto do Miocárdio

Síndrome de Dressler 

A síndrome (conjunto de sinais e sintomas) de Dressler é uma inflamação do pericárdio (membrana que envolve o coração), a qual ocorre como uma complicação tardia do infarto do miocárdio. A doença, em geral, ocorre 2 até 12 semanas após o início do quadro de infarto do miocárdio.

Seu mecanismo de aparecimento parece ser imunológico, podendo também levar à inflamação da membrana que envole os pulmões (pleura), levando à uma pleurite (inflamação da pleura) e derrame pleural (acúmulo de líquido na pleura). Atualmente a síndrome de Dressler é uma complicação rara do infarto do miocárdio.

Sinais e sintomas

O quadro caracteriza-se por dor torácica pleurítica, ou seja, que piora com a respiração, além de febre. Um atrito pericárdico (um tipo de ruído rude observado na ausculta cardíaca) costuma estar presente, podendo ser detectado também um derrame pleural (líquido na pleura dos pulmões). Esse último caracteriza-se pela diminuição do murmurio vesicular (som normal dos pulmões) do lado afetado pelo derrame pleural. Nesses casos é comum a queixa de dispneia (falta de ar).

Diagnóstico

O exame clínico (história e exame físico),  eletrocardiograma, ecocardiograma e, se necessário,  raio x de tórax, são úteis para o diagnóstico da síndrome de Dressler.

O exame mais elucidativo é o ecocardiograma, que pode demonstrar o acúmulo de líquido no pericárdio.

Tratamento

O tratamento pode ser com medicamentos ou com uma cirurgia. Os anti-inflamatórios são úteis para o tratamento, no entanto, os corticoesteroides poderão ser necessários para o adequado controle dos sintomas. O tempo médio de tratamento da doença é de cerca de 1 a 4 semanas. O tratamento cirúrgico poderá ser necessário quando for detectado um derrame pericárdio volumoso , que comprometa o funcionamento cardiopulmonar.

Prognóstico

A síndrome de Dressler costuma ser uma doença autolimitada, com baixas taxas  de complicações graves. Derrames pericárdicos volumosos são raros, mas quando presentes necessitam intervenção cirúrgica precoce.

Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.

Artigos relacionados