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Taquicardia ventricular polimórfica catecolaminérgica
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Taquicardia ventricular polimórfica catecolaminérgica 

A taquicardia ventricular polimórfica catecolaminérgica é uma doença rara, sendo uma causa grave de síncope (desmaio) em crianças sem cardiopatia estrutural (sem alteração anatômica do coração), e com intervalo QT do eletrocardiograma normal.

Os episódios de taquicardia ventricular podem causar uma parada cardíaca e morte súbita.

O intervalo QT normal no eletrocardiograma afasta a síndrome do intervalo QT longo congênito, outra causa de taquicardia ventricular e desmaio  em crianças.

O desmaio  é a apresentação clínica mais comum, e quando associado à atividade física e estresse emocional, deve-se aventar a possibilidade de uma taquicardia ventricular polimórfica catecolaminérgica como causa dos episódios.

Nessas situações ocorre uma grande liberação de adrenalina que estimula a atividade elétrica do coração.

Esse quadro poderá ser confundido com a epilepsia infantil (crises convulsivas). O diagnóstico poderá ser feito através do teste de esforço ou pelo registro eletrocardiográfico de 24 horas (Holter). A taquicardia ventricular polimórfica catecolaminérgica tem esse nome porque existem várias formas no traçado eletrocardiográfico dessa arritmia cardíaca (polimorfismo).

O tratamento consiste no uso de medicamento betabloqueador em latas doses (este impede a ação da adrenalina no coração).

Pacientes sobreviventes de uma parada cardíaca ou que não respondem bem aos betabloqueadores podem ser indicados para um implante de desfibrilador automático (dispositivo que identifica arritmias graves e as trata imediatamente com um choque elétrico).

Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.

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