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Três fatos que você precisa saber sobre colesterol elevado e as estatinas
Anormalidades do Colesterol

Três fatos que você precisa saber sobre colesterol elevado e as estatinas 

Muitas informações falsas sobre o colesterol e as estatinas, medicamentos usados para tratar o colesterol elevado, circulam nas redes sociais, por meio de vídeos gravados inclusive por médicos. Abaixo enumeramos 3 fatos que você precisa saber sobre o assunto.
1- O colesterol elevado é o principal fator de risco para o infarto do miocárdio, conhecido como ataque cardíaco.
O colesterol é um componente fundamental das células do nosso organismo, além disso, participa da formação de hormônios. No entanto, quando elevado, é o principal fator de risco para a aterosclerose (obstrução das artérias por placas de gordura), que é a principal causa do infarto do miocárdio (antes da pandemia por Covid 19, era a principal causa de morte no Brasil). O estudo INTERHEART avaliou mais de 30.000 pacientes que tiveram infarto do miocárdio, sendo que o colesterol elevado foi o principal fator de risco para a doença.
2- O uso das estatinas, quando corretamente indicado, diminui significativamente o risco cardiovascular.
A análise conjunta de muitos estudos, com dezenas de milhares de pacientes, demonstrou que reduzir 80 mg do LDL colesterol, conhecido com colesterol ruim, reduz o risco de morte cardíaca, infarto do miocárdio e acidente vascular em 45%.
3- O uso indefinido das estatinas é seguro.
Embora existam afirmações mentirosas sobre o assunto, o uso indefinido das estatinas NÃO CAUSA câncer, demência ou catarata. O efeito colateral mais comum são as mialgias (dores musculares) que, segundos estudos, pode ocorrer em 7 até 25% dos casos, no entanto, uma proporção muito menor dos pacientes não tolera o remédio. As estatinas aumentam o risco de desenvolvimento de diabetes em indivíduos predispostos, no entanto, esse risco é MUITO PEQUENO, sendo necessário tratar 250 pacientes para que isso ocorra. Por outro lado, para cada 5 pacientes tratados com estatina, evitamos um evento cardiovascular. O risco de algum dano hepático importante é raro, um para cada 100.000 pacientes.

Autor: Dr. Tufi Dippe Jr. Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.

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