Um estudo avaliou a estrutura física e os equipamentos das unidades básicas de saúde (UBS), quanto a sua adequacidade para o atendimento de pacientes idosos e portadores de deficiências físicas.
Os autores do estudo observaram que cerca de 60% das UBS não apresentavam uma estrutura física adequada para o atendimento destes pacientes.
A amostra incluiu UBS de sete estados, dois na região Sul, Rio Grande do Sul (RS) e Santa Catarina (SC), e cinco na região Nordeste, Alagoas (AL), Paraíba (PB), Pernambuco (PE), Piauí (PI) e Rio Grande do Norte (RN). Em relação ao porte populacional, 87 UBS (36,9%) pertenciam a municípios com população entre 100 mil e 200 mil habitantes, 77 (32,6%), a municípios de 200 mil a 500 mil habitantes e 72 (30,5%), a municípios com população maior que 500 mil habitantes.Oitenta e nove por cento das UBS eram próprias da prefeitura municipal, com dois turnos de atendimentos, e 52% delas possuíam vínculo com o ensino. O tempo médio de atuação das UBS foi de 11,2 anos.
Em relação às barreiras arquitetônicas, 60% dos prédios não eram adequados para o acesso de idosos e portadores de deficiência física, 7,4% possuíam tapetes na sala de espera, 4%, no consultório e 6,6%, em outras dependências do prédio. Degraus dificultando o acesso de deficientes foram referidos em 44,2% das UBS.
A inexistência de rampas alternativas para garantir o acesso das pessoas foi verificada em 63% da UBS e, entre aquelas que tinham rampas, 72,8% não dispunham de corrimão. Os corrimãos também eram inexistentes em 95% dos corredores e em 91,7% dos degraus de acesso das UBS. Em 77,4% dos banheiros das UBS não existiam portas que garantissem o acesso de cadeirantes e em 75,8% dos banheiros não era possível realizar manobras de aproximação com a cadeira de rodas.
A indisponibilidade de cadeiras de rodas foi referida em 74,7% das UBS para atender aos usuários no caso de necessidade. As cadeiras das salas de espera foram consideradas inadequadas para os usuários por 67,8% dos profissionais das equipes das UBS.Calçadas que garantissem o deslocamento seguro de deficientes visuais, cadeirantes, idosos e outras pessoas que têm necessidades especiais foram consideradas como inexistentes em 66,7% das UBS.
Os autores do estudo concluíram que, a maioria desta amostra de UBS, não apresentavam uma estrutura física adequada para o atendimento de idosos e portadores de deficiências físicas.
Fonte:Ciênca e Saúde Coletiva (2009).
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