A doença arterial coronariana caracteriza-se pela obstrução das artérias do coração por placas de gordura, chamadas de ateromas.
Esse processo é chamado de aterosclerose coronariana, e sua consequência principal é a isquemia miocárdica, ou seja, redução da oferta de sangue para o músculo cardíaco (miocárdio). A isquemia miocárdica poderá ser silenciosa ou sintomática, sendo a dor no peito (dor torácica) o sintoma mais característico.
A angina do peito ou angina pectoris é uma dor ou desconforto transitório localizado na região anterior do tórax, referido como uma sensação de pressão, aperto ou queimação, que dura poucos minutos (dores que duram mais que 20 minutos sugerem infarto do miocárdio, geralmente causado por uma obstrução crítica da artéria). Esse desconforto poderá irradiar-se para ombros, membros superiores, pescoço, mandíbula, região epigástrica (“boca do estômago”) e dorso (parte posterior do tórax). A angina do peito costuma ser desencadeada pelo esforço físico ou estresse emocional, aliviando com o repouso ou uso de nitratos (vasodilatadores coronarianos). Sudorese, náuseas e vômitos podem associar-se ao quadro de dor torácica.
No entanto, alguns pacientes ao invés de sentir uma dor ou desconforto no peito, percebem apenas um cansaço, náuseas, vômitos ou dor localizada só na “boca do estômago”. É o que chamamos de equivalentes anginosos.
Quais características aumentam a probabilidade de uma dor torácica ser de origem coronariana?
Segundo estudos, alguns características da dor torácica costumam ter maior relação com a doença arterial coronariana. Abaixo listamos essas características por ordem de importância:
1-Irradiação da dor torácica para braço direito ou ombros.
2-Irradiação da dor torácica para ambos os braços ou ombros.
3-Dor torácica desencadeada pelo exercício.
4-Dor torácica irradiada para o braço esquerdo.
5-Dor torácica associada à transpiração excessiva.
6-Dor torácica associada à náuseas e vômitos.
7-Dor torácica com característica opressiva.
A presença de fatores de risco para a doença arterial coronariana, com histórico familiar, tabagismo, anormalidades do colesterol e suas frações, hipertensão arterial, diabete melito, obesidade, idade (principalmente homens com mais de 50 anos e mulheres com mais de 60 anos) entre outros, aumentam a probabilidade de uma dor torácica ser de origem coronariana.
Fonte: Portal Cardiopapers.
“O Portal do Coração adverte: a dor torácica pode ser indicativa de uma doença potencialmente grave. Por isso, se você sentiu ou sente esse sintoma, procure rapidamente a orientação de um médico”.
Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.
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