A fumaça ambiental do tabaco contém substâncias tóxicas nocivas à saúde? Sim. A fumaça do tabaco possui mais de quatro mil substâncias tóxicas. É prejudicial à saúde e leva a formação de duas correntes de fumaça: a corrente principal (CP) que é gerada durante as tragadas, ou seja, é a que entra pela boca do fumante; e a corrente secundária (CS), formada no intervalo entre as tragadas e emitida livremente da ponta do cigarro aceso, diretamente no ar ambiente. Esta última possui cerca de 400 substâncias tóxicas em quantidades comparáveis com a corrente principal, além de conter algumas delas como a amônia, benzeno, monóxido de carbono (CO), nicotina, nitrosaminas e outros cancerígenos em quantidades mais elevadas do que na fumaça tragada pelo fumante (IARC, 1986).
Também, a concentração de alcatrão na fumaça de tabaco que polui os ambientes fechados chega a ser 5,3 vezes maior do que na fumaça que o fumante traga, e a de nitrosamina NPYR (N-nitrosopirrolidina), importante elemento cancerígeno do tabaco, chega a ser 10 vezes maior. A concentração de nicotina e monóxido de carbono, principais elementos da fumaça do tabaco que são tóxicos para o sistema cardiovascular, chega a ser respectivamente 21 vezes e 15 vezes maior na fumaça que polui os ambientes fechados do que na tragada pelo fumante.
A fumaça ambiental do tabaco causa câncer? Sim. Respirar a fumaça ambiental do tabaco é muito perigoso para a saúde. Há mais de 4.000 produtos químicos conhecidos na fumaça do tabaco; sabe-se que mais de 50 deles causam câncer nos seres humanos. A fumaça ambiental do tabaco também causa doenças cardíacas e muitas outras graves doenças respiratórias e cardiovasculares em crianças e adultos, capazes de levar à morte.
A fumaça ambiental do tabaco causa outras doenças? Sim. A exposição constante à fumaça ambiental do tabaco quer seja no ambiente de trabalho, quer seja em casa, aumenta em cerca de duas vezes o risco de infarto do miocárdio, de acordo com um estudo da American Heart Association/2006. Ainda verifica-se um risco maior de 24% para doença coronariana entre expostos do que entre os não expostos a fumaça (Law at al, 1997). Os não fumantes que passam 80% do seu tempo em ambientes fechados, ao final do dia, poderão ter respirado o equivalente a 10 cigarros.
Há um nível seguro de exposição à fumaça ambiental do tabaco? Não. Nenhum mecanismo de ventilação ou filtragem, seja isoladamente ou em combinação, pode reduzir a exposição à fumaça do tabaco em ambiente fechado à níveis considerados aceitáveis, tanto em termos de odor, quanto em termos de efeitos sobre a saúde. Só ambientes 100% livres da fumaça do tabaco oferecem proteção eficaz.
Fonte: INCA.
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