Essa é uma dúvida frequente dos pacientes. Outro questionamento é sobre a eficácia de cada uma dessas classes.
Medicamento referência
É o produto inovador, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente por grandes estudos e validados por ocasião do seu registro. Geralmente é o primeiro remédio que surgiu para tratar ou curar uma determinada doença e sua marca é bem conhecida. Exemplo: Lexapro (medicamento de referência para o oxalato de escitalopram, um antidepressivo).
Medicamento similar
Contém o mesmo princípio ativo, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência, mas não são bioequivalentes. Não podem substituir os remédios de marca na receita pois, apesar de terem qualidade assegurada pelo Ministério da Saúde, não passaram por testes de bioequivalência. Exemplos: Esc, Escilex e Reconter (todos eles tem como princípio ativo o oxalato de escitalopram).
Medicamento genérico
É um remédio intercambiável com o produto de marca ou inovador, ou seja, pode ser trocado por este pois tem rigorosamente as mesmas características e efeitos sobre o organismo do paciente. Passou por testes de bioequivalência que servem para comprovar que dois produtos de idêntica forma farmacêutica, contendo idêntica composição, qualitativa e quantitativa, de princípio ativo, são absorvidos em igual quantidade e na mesma velocidade pelo organismo de quem os toma. Os genéricos podem ser trocados pelos medicamentos de marca quando o médico são se opuser à substituição. Exemplo: oxalato de escitalopram genérico.
Medicamento manipulado
O medicamento é personalizado, desenvolvido exclusivamente para atender a quantidade e a dosagem ideal para um determinado tratamento, ou seja, sua exata necessidade. A farmácia compra o princípio ativo e produz o medicamento na quantidade necessária. Embora o medicamento manipulado sofra a fiscalização da Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA), a exemplo dos similares, estes medicamentos também não são submetidos a testes de bioequivalência com os medicamentos de marca ou referência. As diretrizes médicas não costumam recomendar a utilização desse grupo de medicamentos. Exemplo: oxalato de escitalopram manipulado.
Fonte: Ministério da Saúde.
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