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Alteração inespecífica da repolarização ventricular
Destaques, Eletrocardiograma

Alteração inespecífica da repolarização ventricular 

Os termos alteração inespecífica da repolarização ventricular ou alteração difusa da repolarização ventricular (ADRV) são utilizados em laudos de eletrocardiograma (ECG) para descrever o achatamento ou ausência das ondas T no traçado do ECG. Alguns médicos podem empregar a abreviatura ADRV.

A onda T é um dos elementos observados no traçado do eletrocardiograma. Essa onda reflete o processo de repolarização dos ventrículos, ou seja, a fase que o coração prepara-se eletricamente para uma nova contração cardíaca.

O termo “difusa” refere-se ao fato deste achado ser encontrado na maioria ou em todas as 12 derivações do eletrocardiograma convencional (D1, D2, D3, AVR, AVL, AVF, V1 até V6).

A alteração da repolarização ventricular também poderá ser observada em um única região do coração. Exemplos: alteração da repolarização ventricular em parede inferior ou alteração da repolarização ventricular anterior em parede anterior do ventrículo esquerdo. Nesses casos o achatamento das ondas T fica restrito às derivações inferiores (D2, D3 e AVF) ou anteriores (V1, V2, V3 e V4), respectivamente.

Na maioria das vezes essa alteração do eletrocardiograma é observada em pessoas sem uma doença cardíaca comprovada, podendo ser apenas uma particularidade de certos pacientes.

Muitas vezes ela é observada em indivíduos obesos ou com um tórax mais desenvolvido, situações que diminuem a amplitude das ondas T.

Esse achado poderá também ser encontrada na vigência de algumas doenças, como hipertensão arterial, doenças do músculo cardíaco, doença arterial coronariana, por ação de drogas que agem no coração, entre outras situações.

Isoladamente este achado do eletrocardiograma não impede a prática de exercícios físicos, atividades laborativas (trabalho) ou aumenta o risco de uma gravidez ou cirurgia.

Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.

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