Um cardiologista que não é filiado à entidade destaca no vídeo que o controle do nível de colesterol para prevenir o infarto acontece por causa de uma campanha da indústria farmacêutica para favorecer o “medicamento mais vendido na história” (estatinas), recomendado para baixar o colesterol. Dessa maneira, deduz-se que o alto índice de colesterol não seria fator de risco para um ataque cardíaco.
“Esse tipo de notícia pode levar o público a baixar a guarda contra o maior fator de risco para o infarto e um dos mais importantes para os acidentes vasculares cerebrais. Juntas, estas doenças respondem por cerca de 2/3 das mais de 350 mil mortes cardiovasculares que ocorrem no Brasil a cada ano”, disse o presidente do Departamento de Aterosclerose da SBC, José Rocha Faria. O infarto é causado por placas de gordura que bloqueiam uma coronária, e o principal componente dessa placa é o colesterol.
A SBC insiste também que a base de toda a prevenção cardiovascular é a adoção de um estilo de vida saudável, com dieta adequada, prática corriqueira de atividade física, cessação do tabagismo e manutenção de peso corpóreo adequado. A opção medicamentosa para controlar o colesterol é feita em casos específicos, enquanto a recomendação básica é que se evite o problema com boa alimentação.
Entretanto, nos pacientes de maior risco cardiovascular, em especial aqueles que já tiveram manifestação de entupimento das artérias ou com múltiplos fatores de risco, a redução do LDL com o uso de estatinas pode ser necessária, pois o medicamento está claramente associado à redução do risco de morte súbita, infarto e derrame.
Fonte: coracaoalerta.com.br
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