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Creatinofosfoquinase (CPK)
Exames, Infarto do Miocárdio

Creatinofosfoquinase (CPK) 

A creatinofosfoquinase (CPK) é uma enzima que desempenha um importante papel regulador no metabolismo dos tecidos contráteis. Está presente principalmente nos músculos, tecido cardíaco e no cérebro. Na eletroforese, podem ser identificadas três isoenzimas: CPK-BB é a forma encontrada no cérebro; a CPK-MB é forma encontrada no miocárdio (músculo cardíaco), e a CPK-MM é forma encontrada no músculo estriado.

As duas maiores variantes conhecidas são denominadas macro-CPK, tipos 1 e 2. A macro-CPK do tipo 1 é comumente observada em idosos, especialmente em mulheres. A do tipo 2 está presente em pacientes que apresentam um quadro de metástases tumorais ou outras enfermidades de alta gravidade. A macro-CPK pode interferir na análise da CPK-MB, elevando os seus níveis.

A maior utilização da dosagem da CPK está no diagnóstico das lesões e doenças da musculatura esquelética e no infarto do miocárdio (ataque cardíaco). Nesse último, utilizamos a fração CPK-MB (CPK-MB massa, mesurada por imunoensaio).

Causas de elevação dos níveis de CPK

A CPK encontra-se marcadamente elevada na distrofia muscular de Duchenne, com elevações que variam de 20 a 200 vezes o limite superior da normalidade, exercícios extenuantes, polimiosite, dermatomiosites, miosites, miocardites, traumas musculares, injeções intramusculares recentes e após crises convulsivas. Valores muito elevados são encontrados também nas rabdomiólises, inclusive nas que têm como causa a intoxicação por uso de cocaína.

Também pode mostrar-se elevada em outras situações como acidente vascular cerebral, embolia, infarto e edema pulmonar, após cardioversão elétrica com múltiplos choques, tosse grave, trabalho de parto, nos quadros de mixedema (hipotireoidismo), na síndrome de hipertermia maligna, nas neoplasias de mama, próstata e trato gastrointestinal, em outras neoplasias em estado avançado, no período pós-operatório imediato e na ingestão de grandes quantidades de bebida alcoólica. Certos medicamentos, como as vastatinas (Sinvastatina, Rosuvastatina, etc.) e os fibratos (Ciprofibrato, Fenofibrato, etc.) usados para tratar as anormalidades do colesterol e suas frações), podem elevar a CPK total.

Com o objetivo diagnosticar o infarto do miocárdio, solicita-se a dosagem da CPK-MB (CPK-MB massa, mesurada por imunoensaio), a qual aumenta nas primeiras 4 a 6 horas após o início do quadro, apresentando um pico entre 18 a 24 horas e permanecendo alterada por 48 a 72 horas após o episódio. O aumento dos valores da CPK-MB no infarto do miocárdio dependerão da localização e da extensão da área do coração afetada. As troponinas, outros marcadores de necrose miocárdica (morte do tecido cardíaco), são preferencialmente utilizadas para o diagnóstico de infarto do miocárdio por serem mais específicas para esse fim.

Causas de redução dos níveis de CPK

Seus níveis séricos podem estar diminuídos em situações nas quais ocorra perda de massa muscular, nas hepatopatias alcoólicas, gravidez ectópica, doenças do tecido conjuntivo, artrite reumatoide, em pacientes idosos e acamados e na terapia com esteroides. O repouso noturno diminui em 10 a 20% os níveis de CPK.

Fonte: Laboratório Diagnósticos da América.

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