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Diabete e obesidade: Você sabe a diferença entre o índice glicêmico e a carga glicêmica? 

O consumo excessivo de carboidratos (hidratos de carbono) relaciona-se como o desenvolvimento de obesidade, o diabete melito e as doenças cardiovasculares.

A síndrome metabólica é a associação entre a obesidade central (acima da cintura), a elevação da pressão arterial e da glicemia (níveis de açúcar no sangue, podendo chegar até ao diabete melito), a  hiperinsulinemia (elevação no sangue do hormônio insulina, que permite a entrada do açúcar nas células) e as anormalidades das frações do colesterol.

Esse conglomerado de fatores de risco, associados à síndrome metabólica, favorece a aterosclerose – formação de placas de gordura na parede das artérias – e aumenta o risco de morte cardiovascular em cerca de 3 vezes.

O tempo  de digestão e absorção dos carboidratos (hidratos de carbono) pode ser bem variado e tem grande importância para o controle e a prevenção de tais doenças; por esse motivo, vem crescendo o interesse sobre a resposta glicêmica produzida após o consumo dos alimentos, ou seja, o impacto sobre a glicemia (níveis de açúcar no sangue).

A resposta glicêmica pode ser avaliada por dois índices – o índice glicêmico (IG) e a carga glicêmica (CG). O IG é calculado a partir da glicemia encontrada no sangue em até duas horas após a ingestão de um determinado alimento, fonte de carboidrato; é um índice qualitativo.

A carga glicêmica (CG) relaciona a qualidade do carboidrato do alimento e a quantidade consumida desse alimento. A CG tem aplicação mais prática, podendo ser utilizada em prescrição de dietas e seleção dos diversos alimentos, pois pode indicar a resposta glicêmica que um determinado alimento ou dieta pode provocar.

Geralmente os alimentos com carboidratos não-disponíveis, como cereais integrais (aveia), feijão e outros grãos (como o grão de bico e as ervilhas), ricos em fibra alimentar, amido resistente e/ou frutas, proporcionam um aumento pequeno de glicose (baixos IG e CG) e de insulina na corrente sanguínea, mesmo após uma refeição rica em carboidratos. Esse tipo de carboidrato têm sido relacionado com a diminuição do apetite, e com níveis mais adequados de glicose, insulina e gorduras no sangue.

O mesmo processo não acontece com os carboidratos disponíveis – açúcares e amido – presentes nos doces, bolos, biscoitos, batatas, mandioca, refrigerantes e alguns tipos de pães, como os do tipo francês, de forma ou de batata (estes contém altos IG e CG). Informações dessa natureza, assim como das frações de carboidratos presentes nos alimentos, são mais uma ferramenta a ser utilizada na prevenção da obesidade, da hipertensão arterial, síndrome metabólica e do diabete melito.

Fonte:Tabela de Composição dos Alimentos – USP (2009).

Texto revisado por Nícia Padilha. 

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