O diabete melito ou diabetes mellitus é uma doença na qual a concentração da glicose (um açúcar) no sangue, encontra-se anormalmente elevada, pois o organismo não produz insulina ou esta não atua de modo adequado.
A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, que permite que a glicose entre para dentro das células, atuando como uma fonte de energia.
No diabete melito tipo 2 o pâncreas continua produzindo insulina, muitas vezes em níveis mais elevados do que o normal. No entanto, o organismo desenvolve uma resistência aos seus efeitos (resistência à insulina). O diabete melito tipo 2 pode ocorrer em crianças e adolescentes, mas normalmente, ele inicia após os 30 anos e torna-se progressivamente mais comum com o avançar da idade: aproximadamente 15% dos indivíduos com mais de 70 anos de idade apresentam o diabete melito tipo 2.
A obesidade, principalmente a de localização central (acima da cintura) é um importante fator de risco para o aparecimento do diabete melito tipo 2 (80 a 90% desses indivíduos apresentam algum excesso de peso). Estudos demonstram que a redução das horas de sono (exemplo: dormir menos do que 6 horas ao dia), pode contribuir para o aparecimento de novos casos de obesidade e diabete melito.
A explicação de tal afirmação, baseia-se no fato que a redução das horas de sono provoca uma alteração na secreção de dois hormônios: grelina e leptina.
A grelina produzida pelo estômago, é secretada quando temos necessidade de nos alimentar. Após cada refeição, a sua secreção diminui. Podemos dizer então que a grelina é o hormônio da fome. Estudos demonstram que a diminuição das horas de sono podem aumentar em cerca de 30% a produção de grelina, acarretando um aumento do apetite.
A leptina é um hormônio produzido pelas células de gordura (adipócitos), e sua secreção aumenta quando nos alimentamos o suficiente, avisando o cérebro que devemos parar de comer. Podemos dizer então que a leptina é o hormônio da saciedade. A redução das horas de sono diminuem a secreção desse hormônio, resultando em mais fome e aumento de peso.
Concluindo, dormir pouco estimula o hormônio da fome e diminui o hormônio da saciedade, podendo contribuir para o aparecimento de novos casos de obesidade e do diabete melito do tipo 2.
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes.
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