Pular o café da manhã ou diminuir a refeição a apenas um alimento, representando somente 5% do consumo de energia diária, aumenta o risco de acúmulo de gorduras nas artérias, elevando as chances de problemas cardiovasculares, como infarto.
A conclusão é de um estudo espanhol, divulgado na revista científica JACC, que veio se somar às diferentes vozes de especialistas que declaram e reforçam a importância de uma primeira refeição reforçada.
Tomar café da manhã não significa apenas ingerir uma xícara de café ou comer uma bolachinha antes de sair de casa. Se a refeição representar 100 calorias, das 2 mil recomendadas no dia, ela está abaixo do necessário ao organismo.
Segundo o estudo, 27% das pessoas se alimentam bem, com um refeição que representa 20% do total de energia consumida no dia, mas a maioria das pessoas (cerca de 70%) prefere, no café da manhã, uma refeição rasa, sem tanta energia, que contribui entre 5% a 20% do total de energia consumida no dia. Cerca de 3% das pessoas entrevistadas consomem menos de 5% das energias diárias no café da manhã.
Pessoas que se encontram no segundo ou terceiro grupo – dos que comem pouco ou apenas pulam a refeição – tiveram mais risco de desenvolver aterosclerose, ou o acúmulo de gordura nas artérias. O resultado, de acordo com o estudo, é independentemente de fatores de risco para doenças cardiovasculares associados.
Café da manhã completo: o que precisa ter?
Uma hora depois de acordar é o momento certo para fazer a primeira refeição do dia, seja qual for o horário que você levantou. Acordar muito cedo não é desculpa para fugir do café da manhã – e a orientação vale para tanto para adultos quanto para crianças ou idosos.
Isso porque o organismo passou por, pelo menos, oito horas em jejum, enquanto você dormia.
No caso das crianças, é preciso lembra que a saciedade delas pode vir antes dos pais, e não adianta forçar. Se a criança tiver até 10 anos de idade, encher um copo todo de iogurte e exigir que ela coma cinco bolachas pela manhã pode ser exagero.
Em um café da manhã completo, e saudável, é importante que sempre estejam presentes: leites e derivados (iogurtes, queijos), pelo menos uma fonte de carboidrato (pão, tapioca) e frutas.
Se preferir, o iogurte natural, feito em casa, com frutas orgânicas e sem adição de açúcar é uma sugestão mais saudável e uma opção para substituir o iogurte industrializado tradicional.
Descubra se o seu colesterol está adequado!
Um dos principais “índices” que avaliam riscos cardiovasculares e de aterosclerose é pelo exame do colesterol. Dividido entre colesterol chamado de ‘ruim’ e o ‘bom’, o exame identifica a média dos dois, formando colesterol ‘total’. Quando muito baixo, falta o colesterol ‘bom’. Quando muito alto, é preciso identificar os valores do colesterol ‘ruim’.
Entre pessoas sem riscos cardiovasculares, o colesterol total deve ficar abaixo dos 200 mg/dl, mas não muito abaixo disso. Cerca 70% do colesterol do organismo é produzido pelo fígado e 30% vem da alimentação. Se o fígado produzir além do necessário, é preciso compensar na dieta – aumentando o consumo de alimentos antioxidantes e benéficos para o colesterol, e reduzindo aqueles que favorecem o colesterol “ruim”, o LDL.
Uma das regras indicadas pelos médicos é o do 5 + 5 + 5. Cinco porções de frutas, cinco de legumes e de cinco tipos de carnes devem mesclar na alimentação.
Fonte: gazetadopovo.com.br
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