Estima-se que metade dos pacientes portadores de diabete melito do tipo 2 desconhecem a sua doença. Neste tipo de diabete melito, o pâncreas continua a produzir insulina (muitas vezes em níveis mais elevados do que o normal), no entanto, o organismo desenvolve uma resistência aos efeitos deste hormônio (resistência à insulina).
A insulina permite a entrdada da glicose para dentro das células. O diabete melito tipo II pode ocorrer em crianças e adolescentes mas, normalmente, ele inicia após os 30 anos e torna-se progressivamente mais comum com o avançar da idade: aproximadamente 15% dos indivíduos com mais de 70 anos de idade apresentam o diabete melito tipo 2.
A obesidade, principalmente a de localização central (acima da cintura) é um fator de risco para o aparecimento do diabete melito tipo 2 (80% dos indivíduos que o apresentam são obesos).A obesidade central e o diabete melito tipo I2 são constituintes da síndrome metabólica.
Outros fatores de risco para o diabete melito tipo 2 são: idade maior que 40 anos , hipertensão arterial (80% dos portadores de diabete melito tipo II são hipertensos),dislipidemias (anormalidades do colesterol total e frações), história familiar de diabete melito tipo 2, antecedentes de diabete melito na gestação e de fetos macrossômicos (recém nascidos com peso elevado).
O diagnóstico do diabete melito poderá ser feito através das seguintes formas :
– 0btendo-se pelo menos dois valores de glicemia de jejum (no mínimo oito horas sem ingestão de alimentos ou líquidos com açúcar) iguais ou maiores que 126 mg/dl .
– Uma dosagem de glicemia superior ao valor de 200mg/dl, após uma sobrecarga de glicose (ingestão de um xarope com açúcar). Este exame está indicado para pacientes com glicemia de jejum entre 100 e 125mg/dl.
– Uma dosagem isolada de glicemia sem jejum maior que 200mg/dl, e associada aos sintomas do diabete melito, como excesso de diurese (poliúria) ou sede (polidpsia) e emagrecimento.
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