Tabagismo e sobrepeso no final da adolescência aumentam o risco de morte na idade adulta, diz estudo Um estudo sueco teve como objetivo investigar os efeitos combinados do sobrepeso e tabagismo, no final da adolescência, sobre o risco de morte na idade adulta.
Este foi um estudo de registro que considerou ainda outras variáveis como força muscular, posição socioeconômica e idade. Foram analisados dados do registro de recrutamento do serviço militar sueco e do registro das causas de morte. Um total de 45.920 homens suecos (média de idade de 18,7 anos) foi acompanhado por 38 anos.
Foram medidos o índice de massa corporal (baixo peso: IMC menor que 18,5kg/m2; peso normal: IMC entre 18,5kg/m2 a 24,9kg/m2; sobrepeso:IMC entre 25kg/m2 a 29,9kg/m2 e obesidade: IMC maior que 30kg/m2), a força muscular e o tabagismo auto-relatado (não-fumante, fumante leve [1-10 cigarros/dia], fumante pesado [mais que 10/dia]) em testes de alistamento militar obrigatório em 1969-1970 e a mortalidade de todas as causas.
De 1,7 milhões de pessoas-ano, 2.897 homens morreram. Em comparação com os homens de peso normal, o risco de mortalidade foi aumentado nos homens com sobrepeso e homens obesos, com estimativas relativas semelhantes em análises separadas de fumantes e não fumantes. Nenhum risco aumentado foi detectado nos homens com sobrepeso, embora o baixo peso extremo (IMC menor que 17kg/m2) foi associado com mortalidade aumentada.
O risco devido à interação entre IMC e estado de tabagismo não foi significativo em nenhum estrato. Além disso, todas as estimativas de interação foram de pequena magnitude, exceto para a combinação de obesidade e fumante pesado. Em comparação com os não-fumantes, o risco foi aumentado tanto no fumante leve quanto no pesado.
Os autores do estudo autores concluíram que independentemente do estado de tabagismo, o sobrepeso e a obesidade no final da adolescência aumentam o risco de mortalidade adulta. Afirmaram que a obesidade e o sobrepeso são tão perigosos quanto o tabagismo pesado e leve, respectivamente, mas não há interação entre o IMC e o estado de tabagismo.
Fonte:BMJ(2009).
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