Várias dietas, também chamadas de “padrões alimentares”, podem ajudar a reduzir o risco de doenças cardiovasculares e morte. Seus componentes básicos podem ser incorporados na alimentação do dia a dia, como parte de estratégia de prevenção das doenças cardiovasculares. São elas:
-Dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension): esta dieta inclui o consumo de grãos e cereais integrais, frutas, legumes, verduras, leites e derivados desnatados, carnes magras, leguminosas (feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico), nozes, castanhas, óleos vegetais (milho, girassol, canola , soja, azeite de oliva), margarinas vegetais cremosas ou light. Os doces deverão ser consumidos com moderação e, preferencialmente , aqueles de baixo valor calórico. Essa dieta associa-se a redução da pressão arterial, redução no risco de desenvolvimento de hipertensão arterial e doenças cardiovasculares.
-Dieta Mediterrânea: esta dieta é originária de certas áreas do Mediterrâneo (Itália, Portugal, Espanha, Grécia, etc.), locais onde a mortalidade por doenças cardiovasculares é baixa. Baseia-se em alimentos encontrados na região do Mediterrâneo, como frutas, frutos secos (damasco, tâmara, etc.), verduras, grãos integrais, nozes, azeite de oliva, frango, peixes e frutos do mar. A ingestão moderada de vinho tinto também é outra característica dessa dieta. Estudos mostraram que a dieta Mediterrânea pode ajudar a reduzir o risco de doenças cardiovasculares, incluindo o acidente vascular cerebral (derrame cerebral).
-Dieta Vegetariana: as dietas vegetarianas são ricas em frutas, verduras, grãos integrais e nozes, e podem ser eficazes na redução do risco de doenças cardiovasculares. No entanto, é importante garantir que as necessidades nutricionais sejam atendidas, incluindo fontes de proteínas de origem vegetal, como feijão, tofu e nozes.
Lembre-se de que uma dieta equilibrada e saudável é apenas parte de uma rotina de cuidados com o seu coração. É importante também praticar atividade física regularmente, não fumar, dormir bem e controlar o nível de estresse. Além disso, é importante conversar com um profissional de saúde antes de fazer mudanças significativas na dieta para garantir que suas necessidades nutricionais sejam atendidas.
Autor: Dr. Tufi Dippe Jr. CRM/PR 13700 – Cardiologista em Curitiba.
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