A prevalência da obesidade entre as crianças e adolescentes, e todas as suas consequências maléficas, vem aumentando de uma forma dramática na população. Existem determinados fatores de risco para o surgimento da obesidade nesta faixa da população:
A associação entre a obesidade da criança e o índice de massa corpórea (IMC) dos pais parece ser significativa a partir da idade de 3 anos e permanece até a idade adulta.A obesidade da mãe, mesmo antes da gestação, correlaciona-se ao IMC da criança, na idade de 5 a 20 anos. O IMC é calculado pela divisão do peso pela altura ao quadrado.
– A inatividade física, indiretamente avaliada pelo número de horas assistindo televisão, é significativamente associada à obesidade.
– O aleitamento materno é um fator de proteção contra o aparecimento da obesidade em crianças.
– Estudos demonstram a relação positiva entre baixo peso ao nascer e desenvolvimento de doenças crônicas na vida adulta. Sobrepeso ao nascer parece ser um preditor de risco de obesidade em adultos, assim como baixo peso ao nascer parece aumentar o risco de doenças cardiovasculares em adultos, mesmo com IMC normal.
– A análise da curva do índice de massa corpórea em função da idade demonstrou que o mesmo aumenta durante o primeiro ano de vida e depois diminui a partir dos 12 meses. Um valor mínimo do IMC permanece até a idade de 4 a 8 anos, quando novamente aumenta o índice. O aumento precoce, antes da idade de 5,5 anos, foi associado a aumento rápido do valor do IMC e eleva o risco de obesidade na idade adulta.
– A menarca (primeira menstruação) na idade de 11 anos ou menos predispõe ao risco de obesidade na idade adulta.Deve-se salientar que uma maturação sexual precoce é mais freqüente nas meninas já obesas, desta maneira, é difícil discernir qual o sentido da casualidade entre maturação e obesidade.
Fonte: Projeto Diretrizes-AMB.
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