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Risco de infarto do miocárdio é maior em homens portadores do HIV
Aterosclerose, Destaques, Infarto do Miocárdio

Risco de infarto do miocárdio é maior em homens portadores do HIV 

A aterosclerose coronariana é caracterizada pela formação de placas de gordura, chamadas de ateromas, na parede das artérias do coração, sendo a principal causa da angina do peito, infarto do miocárdio fatal e não fatal.
A prevalência de aterosclerose coronariana tem crescido nas pessoas portadoras do HIV (vírus da imunodeficiência humana). Inicialmente, este achado foi atribuído à menor mortalidade nesses pacientes por infecções oportunistas ou tumores, com aumento significativo da expectativa de vida.
Atualmente sabemos que a própria infecção pelo HIV e seu tratamento podem levar à aterosclerose coronariana, aumentando o risco de infarto do miocárdio. Estudos prévios demonstram um risco de infarto do miocárdio cerca de 50% maior entre homens portadores do HIV, quando comparados com indivíduos com características e fatores de risco cardiovascular semelhantes, mas que não eram portadores do vírus.
Fatores que favorecem que a aterosclerose coronariana em portadores do HIV
-Terapia antirretroviral: é o tratamento que combate o retrovírus. Basicamente essa nomenclatura é utilizada para descrever o tratamento contra o HIV, o retrovírus mais conhecido. Sendo assim, o principal objetivo da terapia antirretroviral é, através da inibição da multiplicação viral, retardar a progressão da imunodeficiência e restaurar a imunidade, aumentando a qualidade e expectativa de vida da pessoa portadora do HIV.
Existem alguns esquemas de terapia antirretroviral, no entanto, alguns medicamentos, como a Estavudina e os inibidores da protease, associam-se ao desenvolvimento da Síndrome Metabólica (associação de obesidade central, pressão alta, glicemia elevada, triglicerídeos elevados e HDL-colesterol ou “colesterol bom” baixo). Esses medicamentos aumentam o risco cardiovascular.
– Infecção crônica: estudos demonstraram uma relação entre doenças inflamatórias crônicas (artrite reumatoide, psoríase, doença periodontal, entre outras) e risco de doença cardiovascular aumentado.
A inflamação representa um papel importante no desenvolvimento do processo de aterosclerose. Alguns estudos demonstraram que, independente dos fatores de risco tradicionais, pacientes com doença inflamatória crônica apresentam um risco de doença cardiovascular aumentado.
A infecção concomitante pelo vírus da hepatite em portadores do HIV também aumenta o risco de complicações cardiovasculares.
“O Portal do Coração adverte: nunca inicie, substitua ou suspenda um medicamento sem orientação médica”.
Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.

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