Um número maior de pacientes foram admitidos no hospital com o diagnóstico de infarto do miocárdio, conhecido popularmente como ataque cardíaco, nos dias em que a temperatura variou mais do que 10 graus Celsius. Essa é a principal constatação de um estudo realizado por pesquisadores norte-americanos.
Os pesquisadores da Universidade de Michigan (Estados Unidos), autores do estudo, enfatizam que os mecanismo por trás dessa associação permanece desconhecido.
Mais estudos são necessários para entendermos melhor quais são os mecanismos envolvidos nas flutuações de temperatura e aumento do risco de ataques cardíacos. Dessa forma, no futuro, talvez seja possível estabelecer uma estratégia de prevenção bem-sucedida, dizem os pesquisadores. Além disso, essa constatação ainda ser precisa ser confirmada por novos e maiores estudos.
Comentário do editor:
O estudo INTERHEART foi desenvolvido para avaliar a importância dos fatores de risco para o infarto do miocárdio ao redor do mundo. Foram 262 centros em 52 países de 5 continentes. Pacientes com infarto do miocárdio admitidos nas primeiras 24 horas foram comparados com outros pacientes (hospitalares e comunitários), chamados de grupo de controle.
Os autores concluíram que os fatores de risco tratáveis que aumentaram o risco de infarto do miocárdio foram: anormalidades do colesterol (dislipidemias, evidenciada pela relação Apo B/Apo A1) em 3,25 vezes, tabagismo em 2,87 vezes, diabete melito em 2,37 vezes, hipertensão arterial em 1,91 vezes, obesidade em 1,62 vezes e fatores psicossociais (estresse e depressão) em 2,67 vezes.
Esses são os fatores de risco tratáveis, e que efetivamente devem ser controlados para a redução de novos casos de infarto do miocárdio.
Os fatores que reduziam o risco de infarto do miocárdio foram: consumo diário de frutas e legumes, atividade física moderada regular e consumo moderado de bebidas alcoólicas.
Fonte: American College of Cardiology.
Autor: Dr. Tufi Dippe Jr – Cardiologista de Curitiba – CRM/PR 13700.
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