O diabete melito ou diabetes mellitus é uma doença na qual a concentração da glicose (um açúcar) no sangue, encontra-se elevada, pois o organismo não produz insulina ou esta não atua de modo adequado (resistência insulínica).
A insulina é um hormônio produzido pelas células do pâncreas, que permite que a glicose entre para dentro das células, atuando como uma fonte de energia.Normalmente, a concentração da glicose varia de 60 e 99 miligramas mg/dl, quando medida no sangue pela manhã, após uma noite de jejum.
No recente congressso da ADA (American Diabetes Association), especialistas sugerem que um exame, a dosagem da hemoglobina glicosilada (HBA1C), utilizada atualmente para a avaliação do tratamento, passe ser utilizada também com a finalidade de diagnosticar a doença.O exame da HBA1c nada mais é que a dosagem de uma hemoglobina do sangue, que capta e acumula açúcar ao longo do tempo.Este exame não exige jejum e reflete o controle do diabete melito nos últimos 2 a 3 meses.Deste modo, é muito mais confiável que a glicemia de jejum para avaliar o tratamento da doença.
Atualmente, o diagnóstico do diabete melito pode ser feito através das seguintes formas :
-Obtendo-se pelo menos dois valores de glicemia de jejum (no mínimo oito horas sem ingestão de alimentos ou líquidos com açúcar), iguais ou maiores a 126 mg/dl.
-Após uma dosagem de glicemia superior à 200mg/dl, após uma sobrecarga oral de glicose (ingestão de um xarope doce).Este exame está indicado para pacientes com glicemia de jejum entre 100 à 125mg/dl.
-Após uma dosagem isolada (sem jejum) maior que 200mg/dl, mas associada a sintomas do diabete melito, como excesso de diurese (poliúria) ou sede (polidpsia).
"Os valores da HBA1C variam menos do que glicemia de jejum, além do fato que tecnicamente a dosagem da HBA1C tem vantagens técnicas em comparação com a dosagem da glicemia.Além disso, a dosagem da HBA1c para o diagnóstico de diabete é mais comoda e fácil para os pacientes, que deixariam de realizar um jejum ou o teste de sobrecarga oral de glicose", diz o Dr. Davis Nathan, da Universidade de Medicina de Havard (Boston, Estados Unidos).
Fonte: ADA (2009).
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