Umas das principais causas de cegueira irreversível, o glaucoma atinge, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ao menos 100 milhões de pessoas em todo o mundo. O Brasil não possui estatísticas locais, mas, ao adotar os padrões internacionais para medir a incidência, fala-se entre 6 e 10 milhões de pessoas com o problema. Embora seja um mal crônico, isto é, não tem cura, o glaucoma, quando diagnosticado e tratado precocemente, pode ser controlado. Para conscientizar a população sobre a necessidade de exames periódicos e fazer um alerta sobre a gravidade da situação, a Sociedade Brasileira de Glaucoma realiza, pela primeira vez, hoje e amanhã, a "Campanha Brasil Contra o Glaucoma".
A iniciativa vai atingir 11 cidades brasileiras, distribuídas entre as cinco regiões do país. Apoiada pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia e pelo Laboratório Alcon, a ação realizará, gratuitamente, dois exames capazes de diagnosticar o problema (exame de pressão ocular e fundoscopia, que avalia o fundo do olho). Além disso, as pessoas receberão panfletos explicativos e, quando necessário, serão encaminhadas a fazer exames mais complexos e início da terapia.
"O tratamento dessa doença é caro. Então, além de alertar a população para exames periódicos, falaremos também ao poder público sobre a distribuição gratuita da medicação", informa o coordenador nacional da campanha e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, Paulo Afonso Batista dos Santos.
A base do tratamento são os colírios, cujos preços variam entre R$ 6 e R$ 100. Esses valores fazem com que muitos pacientes abandonem o tratamento, abrindo espaço para a progressão da doença. "Fica cego quem não tem acesso ao diagnóstico ou não adere ao tratamento – seja por não usar o colírio ou por não ter condições para comprá-lo", afirma a médica oftalmologista e vice-coordenadora da campanha, Fabíola Mansur.
Fonte: A Gazeta – MT – http://www.gazetadigital.com.br/
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