A doença arterial coronariana , caracteriza-se por depósitos placas de gordura na parede de uma ou mais artérias coronárias ( artérias que suprem o miocárdio com sangue ).Estes depósitos de gordura , chamados de ateromas , ao se desenvolverem , obstruem o fluxo de sangue até o miocárdio. Esse processo gradual de formação de placas de ateroma , é conhecido como aterosclerose .
A aterosclerose afeta não só as artérias coronárias , mas também outras artérias do organismo .O crescimento progressivo dos ateromas , pode levar a um prejuízo do fluxo de sangue até o miocárdio , processo este , chamado de isquemia miocárdica crônica . O sofrimento do músculo cardíaco devido ao processo de aterosclerose é conhecido como cardiopatia isquêmica crônica.
Outra complicação grave da aterosclerose , é a hemorragia ou rompimento da placa de ateroma , liberando fragmentos que caem na corrente sangüínea , podendo levar a formação de coágulos sobre a sua superfície ( trombose coronariana aguda ) , obstruindo a luz da artéria de uma forma abrupta e intensa . Este processo é chamado de acidente da placa de ateroma. Nesta situação , ocorre um prejuízo significativo do fluxo de sangue ( isquemia miocárdica aguda ) , podendo levar a um quadro de angina do peito instável , infarto do miocárdio ou derrame cerebral , doenças potencialmente fatais. A doença arterial coronariana é a principal causa de morte em todo o mundo , afetando indivíduos de todas as raças.
O risco do surgimento da aterosclerose , aumenta com presença de fatores de risco cardiovascular , como a hipertensão arterial, níveis sangüíneos elevados de "colesterol ruim" ( LDL-colesterol ) , níveis baixos de "colesterol bom" ( HDL-colesterol ), tabagismo, diabete melito , obesidade ( principalmente da cintura para cima ou abdominal ) , sedentarismo , estresse psicossocial e o envelhecimento. O fato de se ter um parente de primeiro grau que apresentou aterosclerose ainda jovem ( parente homem com menos de 55 anos e parente mulher com menos de 65 anos ), também é um fator de risco.
Um estudo , realizado na Itália , com 291 homens portadores de diabete melito , demonstrou que a presença de disfiunção erétil entre esses pacientes, indicava um aumento do risco cardiovascular. Entre os pacientes diabéticos com disfunção erétil , ao longo de 4 anos de acompanhamento , cerca de 25% destes apresentaram algum tipo de evento cardiovascular , como por exemplo , o infarto do miocárdio. Por outro lado , nos pacientes diabéticos sem disfunção erétil , apenas 11% desenvolveram tais eventos.
A ereção é um processo que depende do bom funcionamento das artérias da região genital masculina. Sintomas de disfunção erétil , indicam uma disfunção vascular , que não é restrita apenas as artérias dessa região do corpo , relacionando-se com o processo de aterosclerose que ocorre também em artérias de outros locais , como o coração e cérebro. Desta forma , podemos concluir que a disfunção erétil é um fator de rsico cardiovascular , não só em diabéticos , mas também na população masculina em geral.
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