A recomendação diária de proteínas para indivíduos sedentários é de 0,8 g/kg de peso corporal, visando suprir as perdas basais diárias. Os atletas ou esportistas que realizam treinamento com sobrecarga necessitariam de um consumo diário extra de proteína para síntese muscular e também porque os exercícios de endurance (resistência) estão associados ao aumento da oxidação do aminoácido leucina.
Em atletas que treinam com sobrecargas (musculação), a necessidade protéica é maior em relação aos atletas de endurance. A recomendação para essa modalidade é em média um consumo diário de 1,6–1,7 g/kg de peso corporal para aumento de massa (múculos) magra e 1,4 g/kg de peso corporal para a sua manutenção. No entanto, o consumo habitual de proteínas por parte desses atletas varia de 2–4 g/kg/dia, contrariando evidências de que essa grande quantidade não reflete um acréscimo da massa magra.
Tarnopolsky e colaboradores demonstraram que, quando a quantidade de proteína foi elevada para 2,4 g/kg/dia, não houve ganho adicional de massa magra. Na prática, quando aumentamos o consumo calórico, seja em função de um maior gasto energético ou não, elevamos também o nosso consumo protéico, pois grande parte dos alimentos contém proteína.
Desta forma, é muito difícil encontrar um atleta ou praticante de exercício que apresente um déficit de consumo protéico diário, exceto em alguns casos em que o indivíduo não apresenta um consumo proporcional à necessidade calórica diária. O aumento da quantidade de proteínas consumida diariamente parece ter mais lógica em indivíduos que seguem dieta hipocalórica (baixas calorias, visando a perda de peso), tendo em vista que um aumento de até 35% do valor calórico consumido tem sido relacionado a maior preservação de massa muscular.Quanto aos atletas e praticantes de exercício, uma quantidade pequena adicional de proteínas parece apresentar, no entanto, vantagens quando utilizada após uma única sessão de exercício quanto ao ganho de massa magra.
Fonte: Revista Hipertensão.
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