O índice de cesarianas apresentou um importante aumento nas últimas décadas no Brasil. Hoje, apresentamos um dos maiores índices de cesarianas de todo o mundo: cerca de 36% dos nascimentos são por via alta. Quando tomamos como referência hospitais particulares, estes índices são ainda maiores, chegando a 80% a 90%.
Cerca de 850.000 cesarianas desnecessárias são realizadas anualmente na América Latina.O Brasil é um dos campeões mundiais em números de cesarianas.Os índices registrados atualmente são muito mais altos do que preconiza a Organização Mundial de Saúde (OMS). Por esse motivo, entidades médicas, profissionais de saúde e organizações não-governamentais espalhadas por todo o país tem trabalhado na difícil tarefa de reverter este quadro e incentivar o parto natural, sempre que houver condições.
A Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) alerta, no entanto, que parto natural não significa abrir mão de todo o conhecimento e tecnologia disponíveis. Mesmo que todos os exames, histórico e avaliação clínica do médico apontem para o parto normal, o ambiente hospitalar, a presença do médico obstetra e diversos outros cuidados são imprescindíveis.
A Medicina não é uma ciência exata e não existem certezas absolutas. Dependendo da evolução do parto, diversas variáveis podem levar à necessidade de uma cirurgia ou de outros procedimentos de emergência. Procedimentos, aliás, que são atos privativos dos médicos.
Indicações de cesariana:
-Indicações fetais:
Apresentação pélvica do feto, certas gestações gemelares, situação trnasversa do feto, sofrimento fetal agudo, macrossomia (fetos com mais de 4,5 kg), placenta prévia, descolamento prematuro de placenta, procidência do cordão umbilical e malformações congênitas.
-Indicações maternas:
Herpes genital ativo, infecção pelo HIV (vírus da imunodeficiência humana) com elevada carga viral, psicopatia, certas doenças cardiovasculares, certas doenças pulmonares, colestase gestacional, púrpura trombocitopênica idiopática e presença de cistos ou tumores anexiais.
Fonte:Projeto Diretrizes-CFM.
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